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Chuvas que matam

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As chuvas mal começaram, e Minas já registra quatro mortes desde a última segunda-feira. Em Juiz de Fora, dois operários foram soterrados em uma obra no Bairro São Mateus. O que levou ao acidente ainda depende de perícia, mas é fundamental, a partir de agora, redobrar as atenções não apenas com obras, mas também com encostas, margens de rios e regiões consideradas de risco. Esta época do ano é sempre crítica, sobretudo por conta de inações humanas que levam a tragédias.

Não é de hoje que se discute o descarte do lixo, feito, em várias regiões, sem qualquer critério, a despeito da coleta regular pelo Demlurb. Sacos de lixo são deixados nas ruas e, ao serem levados pelas águas, acabam entupindo bocas de lobo, resultando em alagamentos. Nos rios, especialmente o Paraibuna, não é incomum observar lixos de toda sorte, do simples saquinho plástico a objetos de grande porte, como sofás. As garrafas pet são as mais visíveis. A Usina de Marmelos, onde há um ponto de retenção, acumula milhares delas. Basta a elevação do nível das águas para serem arrastadas das margens.

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Todos os anos, o discurso é o mesmo, e a Tribuna, da mesma forma, faz as mesmas considerações, mas os resultados continuam sendo precários apesar de todas as ações de educação ambiental. Há, ainda, um grande passivo, que deve ser resolvido inicialmente em casa e depois na escola, a fim de ser multiplicado aos demais. Só com a conscientização coletiva será possível reverter o jogo e fazer das chuvas apenas mais uma estação do ano, e não um ciclo de tragédias, que chega rotineiramente no noticiário.

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