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Além do turismo de evento

editorial
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Fazem sentido as observações de profissionais que trabalham com o turismo explicitadas na edição dessa quinta-feira na Tribuna. As queixas vão desde locais adequados para o estacionamento dos ônibus de turismo até à falta de placas indicativas para facilitar a vida dos visitantes. A Secretaria de Turismo, ao ser acionada pelo jornal, disse que está agendada uma reunião para esta sexta-feira, cuja pauta é própria para tratar dessa questão. Com relação à sinalização, a nota destaca que a Prefeitura está realizando um grande esforço em toda a cidade.

De fato, a zeladoria da cidade está em outro patamar, mas, à medida em que a qualidade melhora as demandas também se ampliam. Os ônibus de turismo precisam de locais próprios para estacionamento, especialmente no Morro do Cristo, o ponto de maior referência por dar uma ampla visão da cidade. Os motoristas se queixam da concorrência de automóveis, que ocupam vagas inteiras o que lhes obriga a descer para achar vagas adequadas.

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O Morro do Cristo é um caso à parte, por ser um dos mais importantes cartões postais da cidade. Seu acesso tem sido contemplado com melhor iluminação, mas a praça, ao lado das torres, ainda carece de melhor infraestrutura. Reconheça-se que há esforços para se retomar o uso do espaço utilizado por algum tempo como restaurante, hoje fechado ante a falta de interessados. O primeiro dado é saber o motivo dessa não ocupação. A antiga sede da TV Industrial já foi pleiteada por radialistas interessados em fazer do local um Museu do Rádio. As conversas devem ser retomadas.

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O Museu Mariano Procópio, o principal cartão postal da cidade, finalmente foi plenamente reaberto, após uma década e meia com sua vila fechada por conta de obras. O resultado é a grande demanda de turistas ávidos por conhecer, especialmente, o ciclo imperial, já que o local tem um dos principais acervos envolvendo a família real. Turistas de todo o país, e também do exterior, estão recuperando o tempo perdido, já que uma geração inteira de adolescentes ficou sem essa oportunidade.

Ressalte-se também a abertura de parques e do Jardim Botânico. Todos esses fatores têm repercussão direta no fluxo de visitantes, indicando a necessidade de ações que façam com que retornem à cidade ou façam indicações. A cidade, pois, tem áreas importantes a serem exploradas pelos muitos visitantes, inclusive aqueles que aqui chegam para eventos, como ocorreu recentemente com o Minas Láctea, que reuniu expositores de todo o país.

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É fundamental quebrar o discurso de que a cidade não tem pontos naturais para visitação. A questão, por muito tempo, passou pela falta de cuidado com tais regiões e implementação de outras. A reunião desta sexta-feira anunciada pela Secretaria, pode jogar luzes na questão e dar resposta aos pleitos – que não são muitos – dos agentes de turismo.

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