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Temas de palanque

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Na retomada das sessões do segundo semestre, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conclamou os brasileiros a se unirem na defesa do processo eleitoral, por meio das urnas eletrônicas, “com o objetivo consagrado no país em pleitos passados, da realização de eleições livres e periódicas”. E acrescentou: “Na qualidade de chefe de Poder, do Poder Legislativo, no começo deste segundo semestre de 2022, faço um apelo a todos os cidadãos, a todos os segmentos da sociedade e a todas as autoridades públicas, no sentido da pacificação de ânimos, no sentido do cultivo da razoabilidade e da civilidade. Nossas instituições são fortes, mas somente permanecerão a sê-lo se continuarem a contar com a adesão convicta do corpo de cidadãos a cujo bem-estar são destinadas”.

Faltando dois meses para o pleito, o que o país mais precisa é de “bombeiros” para apagar os impasses, que, a despeito do período, não são comuns em épocas de campanha. Os brasileiros estão preocupados com o seu futuro e esperam que os candidatos, em qualquer das instâncias que estarão em jogo, apresentem suas metas. Há desafios abissais que devem ser a prioridade dos gestores. Tanto na esfera federal quanto nos estados, as demandas são uma realidade. O país está sob um ciclo de inflação que gera repercussões em quase todos os segmentos. Ao afetar os custos de produção, o resultado chega ao consumidor. Essa é uma indagação permanente. O que pretendem fazer para retomar o ciclo virtuoso da economia é a palavra-chave que deve permear as relações dos candidatos com a opinião pública.

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No caso de Minas, há demandas importantes que precisam ser colocadas à mesa, como a retomada da economia do Estado. Minas tem uma dívida a ser paga que depende de autorização dos deputados para elaboração de um plano de recuperação. O texto aprovado é provisório e não resolve o problema. Por outro lado, de acordo com pesquisas, a maioria dos mineiros é contra a privatização de ativos como a Cemig e a Copasa. Se não pode vendê-las, o próximo administrador – seja o eleito ou o reeleito – terá que buscar alternativas. Suas metas, pois, também são um bom tema para os palanques.

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A democracia é um bem inalienável e não pode ser colocada em xeque. O país precisa, sim, de políticas que garantam o enfrentamento à corrupção e ao corporativismo e, sobretudo, o uso privado do bem público. Para tanto, há um elenco de leis que estão em vigor, bastando colocá-las em prática.

A campanha oficial começa no dia 16, quando os partidos já terão registrados todos os candidatos. O eleitor deve, por sua vez, conhecer a lista dos pretendentes e avaliá-los com critério, pois não basta olhar apenas para a eleição dos cargos de presidente e governador. A formação das assembleias legislativas e do Congresso é vital não apenas para o equilíbrio dos poderes, mas também para garantir ou cobrar as metas traçadas na campanha.

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