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Reforma necessária

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O Governo deve adiar, de novo, a votação da reforma da Previdência sob o argumento de não ter votos suficientes para sua aprovação. A questão em aberto é como ficará o caso: se vai para a pauta já no início de 2018 ou se vai para a conta do próximo presidente da República. A mudança é fundamental para as próximas gerações, sob o risco de terem problemas em suas aposentadorias tamanho o buraco que se abre a cada período. Os custos da Previdência estão em curva ascendente por conta, também, de um paradoxo. A população está vivendo mais, e, por conta disso, o número de beneficiários só cresce, ao contrário de outros anos, quando havia um equilíbrio.

Mas o ponto central não está aí. A Previdência tornou-se um problema não apenas para o trabalhador comum, mas também para o serviço público. Diversos estados e municípios têm sérios riscos de no futuro não terem como fechar suas contas. A reforma não é um mero capricho, e sim uma necessidade coletiva.

Os deputados e senadores, a quem cabe avaliar o processo, fazem um jogo de estica e puxa, ora apoiando a mudança, ora preocupados com suas votações em 2018. Entre a necessidade e a racionalidade das urnas, preferem cuidar de seu futuro, comprometendo os próprios eleitores, que esperam de suas lideranças uma postura voltada para o país.

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O Governo, porém, tem sua parte de culpa, sobretudo ao não definir, de fato, qual projeto irá para discussão. Nesse vai e volta, o texto original já passou por várias mudanças, havendo o risco de ser aprovada – se de fato for – uma reforma fictícia, própria para agradar as ruas sem garantir sua eficácia no futuro.

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