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Momentos derradeiros

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Nesta quinta-feira será realizada a última etapa da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão que, a despeito de tantos outros meios, ainda é uma peça estratégica na divulgação das propostas dos candidatos. Como nem todos têm acesso às redes sociais, o rádio e a televisão continuam sendo um meio de integração entre a campanha e as ruas.

Também hoje ocorrem os últimos debates. A questão é saber o grau de influência na opção do eleitor, sobretudo diante de tantos enfretamentos pautados por demandas pessoais sem qualquer vínculo com os projetos de Governo que deveriam ser a pauta única de tais eventos.

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Os paulistanos estão diante do dilema de escolher o prefeito da maior cidade da América do Sul em razão dos enfrentamentos que ultrapassaram todos os limites, tendo como ponto alto uma cadeirada do apresentador José Luiz Datena no ex-coach Pablo Marçal. Além disso, outras ações jogaram o nível dos debates à altura do rodapé, sobretudo quando, em vez de política, a discussão descambou para a área de polícia.

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Quando a ministra Cármem Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi às redes para avisar que não haverá tolerância com os que ultrapassarem a última linha, retratava a preocupação coletiva com a mudança de propósitos dos debates.

Quando surgiram as primeiras edições, o mote era desconstruir o concorrente com a apresentação de contrapropostas e questionamento à viabilidade das ações do oponente. Esse perfil mudou. Questões pessoais passaram a fazer parte da cena que, pelo país afora acabou se naturalizando.

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O que as urnas podem apontar é que esse tipo de comportamento não produz um só voto e tem efeito contrário, bastando a acompanhar os níveis de rejeição dos candidatos que, em vez de contrapor ideias e apresentar propostas factíveis, ficam apenas no campo das ‘agressões’ ou com a apresentação de propostas sem qualquer viabilidade. Com tantos meios de informação, o eleitor – em sua maioria – não compra esse tipo de discurso.

A Justiça Eleitoral, no monitoramento da campanha em Juiz de Fora, não registrou nenhum fato grave e até mesmo os debates, salvo alguns momentos, foram dentro do esperado. Restando apenas três dias, espera-se que não haja mudança de rumos.

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Quando se avaliava a possível nacionalização da campanha, fator que tem peso substancial em algumas regiões – basta ver São Paulo – acreditava-se que, a despeito do jogo de antagonistas, os candidatos apresentassem projetos de interesse coletivo. Com raras exceções, isso não aconteceu. O eleitor vai às urnas neste domingo sem ter, de fato, informações concretas sobre as metas dos candidatos, o que é um dado negativo, pois as eleições municipais têm como característica central a discussão das demandas diretas do eleitor.

Outro fator é a pouca atenção dada às candidaturas à Câmara Municipal. O eleitor precisa se conscientizar da importância dos vereadores e vereadoras, pois, além de serem fiscais dos atos do Executivo, também são responsáveis pela implementação de leis e, sobretudo, de serem a voz da rua junto às instâncias de poder. O Legislativo é fundamental na democracia, daí a importância da boa escolha na hora da urna.

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