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A volta da Covid

editorial
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A taxa de positividade dos testes de Covid-19 realizados em laboratórios privados no Brasil dobrou em um mês, de acordo com dados divulgados no relatório do Instituto Todos pela Saúde, apresentados na semana que terminou. Minas lidera os números com um crescimento de 21,4%, bem à frente de estados do porte de São Paulo, onde os índices estão em 14,1%.

Na avaliação dos pesquisadores, a subvariante Éris tem grande potencial de contaminação, embora não indique casos severos da doença. A despeito disso, a luz amarela está acesa nas instâncias de saúde, apontando para a necessidade de adoção de medidas para conter o avanço do contágio. A faixa de 49 a 59 anos registra maior incidência, mas a preocupação se acentua entre os maiores de 80 anos, pois 20% dos testes positivos ocorreram entre os idosos.

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A Covid em momento algum deixou de ser um dado encerrado, embora as cidades tenham voltado à normalidade. A criação de vacinas num tempo recorde deu fim à tragédia que marcou especialmente 2020 e 2021, mas é necessário insistir na sua aplicação. O uso de máscaras, hoje opcional, é uma alternativa, mas a vacinação é o melhor antídoto conta a contaminação.
E aí há um dado relevante. Uma expressiva parcela da população, por diversas razões, não compareceu aos postos de imunização. Um outro tanto só se vacinou com as duas primeiras doses em vez das quatro com a bivalente. A Covid veio para ficar e sua extinção só se dará quando todos estiverem vacinados e suas variantes contidas. E nenhuma das duas situações não se apresentou ainda.

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A Tribuna tem acompanhado os índices de vacinação, e os dados são preocupantes. A despeito de as UBS estarem com doses para atender toda a demanda os números são aquém do esperado.
Os municípios devem retomar as campanhas de chamamento, pois a prevenção ainda é a melhor alternativa para enfrentar o vírus. O grave desse processo é que uma expressiva parcela da população não se vacinou uma vez sequer, o que as deixa ainda mais expostas que os demais imunizados.

De acordo com os especialistas, a imunização continua sendo a alternativa mais segura, não havendo outro caminho a despeito das muitas profilaxias alternativas que transitam especialmente pelas redes sociais. A ciência tem apontado que esse tipo de ação é um desserviço à própria sociedade, já que todos os medicamentos até então apresentados não se mostraram eficazes no combate ao vírus. Enquanto não havia vacina e o coronavírus era um desconhecido da ciência, houve sentido nos remédios. Com a implementação da vacina não há qualquer justificativa para não se imunizar.

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