A despeito de todas as preocupações, 2018 tem todos os ingredientes para ser um grande ano. A economia começa a dar sinais de recuperação, e a instância política, agora preocupada com as urnas, começa a estabelecer discussões sobre o futuro do país. É fato que há preocupações, a começar pela própria política, que ainda vive sob o fio da navalha das muitas operações do Ministério Público e da Polícia Federal. Mas esse também é um dado que pode ser visto pela ótica positiva se for considerado o processo de depuração. A corrupção foi eleita pelo brasileiro como sua maior preocupação, portanto os corruptos que se cuidem.
A violência urbana também é outra demanda que carece de mais cuidado. O país fechou o ano com número impressionante de ocorrências e, em Juiz de Fora, mal 2018 tinha se apresentado, e o primeiro homicídio foi registrado. Espera-se que o Governo de Minas cumpra a promessa e instale, ainda neste primeiro semestre, o projeto “Fica Vivo”, de combate aos crimes contra a vida e prometido pela Secretaria de Segurança Pública. Ele vai além do viés repressivo, sendo composto por uma série de ações na instância social.
Dois mil e dezoito é ano de eleição, e, ao ir às urnas, o brasileiro tem a chance de definir que tipo de país quer pela frente. Durante todo o ano, serão apresentadas várias propostas, cada uma com seus apelos, que precisam ser discutidas profundamente. Há gente séria no páreo, mas também há os vendedores de ilusão, que prometem mundos e fundos quando sabem que estão indo além do que podem proporcionar.
Mas a eleição do novo presidente não é o fim da linha. O país tem, necessariamente, que discutir um projeto de Nação, que envolva reformulação de suas instituições, a fim de garantir que funcionem. A despeito da resistência, a reforma da Previdência é uma necessidade, sob o risco de as próximas gerações ficarem com suas aposentadorias comprometidas. Vale o mesmo para a questão tributária. Para tanto, o eleitor deve também escolher com atenção os seus representantes no Congresso e nas assembleias legislativas.
O próximo presidente será eleito sob o signo da mudança e deve estar ciente dos muitos desafios que tem pela frente. A virada não se faz de uma hora para a outra, mas é fundamental dar o primeiro passo.