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A importância do preventivo

editorial
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Os números apresentados nessa quinta-feira pela Tribuna apontando a queda de quase 26% no número de mamografias realizadas na cidade é preocupante, uma vez que o exame preventivo é fundamental para preservação da saúde da mulher. De acordo com o Datasus, entre janeiro e junho deste ano, foram feitos 4.623 exames na rede pública de saúde, bem abaixo dos 6.226 realizados no mesmo período do ano passado. A redução chama a atenção, também, por ser menor do que o número de exames no período pré-pandemia. Em 2018 foram realizados 5.398 exames; em j2029, 5.446.

Historicamente, a maior procura por mamografia acontece nos meses de março e outubro, em decorrência das campanhas de conscientização do mês da mulher e do Outubro Rosa, mas é preciso investigar a queda de exames, para estabelecer estratégias para melhorar a escala de atendimento.

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O câncer de mama, como boa parte das demais doenças, pode ser superado se for detectado na sua fase embrionária, o que só é possível com exames de mamografia feitos de forma regular. Esse, provavelmente, deve ser o mote a ser adotada pelos órgãos governamentais para mobilizar as mulheres.
O exame preventivo é de vital importância até mesmo para o estabelecimento de políticas públicas, uma vez que impede o aumento dos casos mais graves que acabam comprometendo a rede hospitalar.

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O Brasil tem adotado ações importantes, como a anexação de cores aos meses do ano, cada uma delas indicando a importância da prevenção. E aí vale também para os homens que devem estar atentos ao exame de próstata. Já houve uma clara redução do preconceito, mas há sempre os que reagem ao exame, o que só se justifica pelo desconhecimento de sua importância.

O Outubro Rosa e o Novembro Amarelo são importantes para a conscientização e há várias entidades envolvidas nas ações preventivas, como centros de referência especializados em oncologia que oferecem tratamento multidisciplinar. Ademais, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece mamografias gratuitas para mulheres entre 50 e 69 anos a cada dois anos. No entanto, os médicos já reduziram essa faixa, a fim de convencer mulheres mais jovens a também se prevenirem.

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A baixa adesão ora registrada, não é um fenômeno exclusivo do Brasil. Países como o Japão também enfrentam desafios únicos devido a diferenças culturais e de infraestrutura. Lá também estão em curso campanhas de conscientização apontando para a importância da detecção precoce da doença.

Cada país enfrenta desafios específicos, como barreiras culturais, acesso desigual a serviços de saúde e limitação financeira, mas é preciso insistir colocando em pauta também pesquisas para o desenvolvimento de novos tratamentos. A Organização Mundial tem papel importante no incentivo à troca de experiência entre os países, por tratar-se de uma doença que não se apega a nacionalidade, sendo uma demanda comum da humanidade.

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