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Conversa com os prefeitos

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Os pré-candidatos ao Governo de Minas terão, nesta quinta-feira, uma oportunidade única de apresentar a prefeitos e vereadores de todo o estado as suas propostas de gestão. Confirmados, Romeu Zema (Novo), Alexandre Kalil (PSD), Carlos Viana (PL) e Marcus Pestana (PSDB) vão responder perguntas formuladas pela Associação Mineira dos Municípios – patrocinadora do evento – e ainda terão cerca de meia hora para fazerem uma exposição sem qualquer tipo de interferência dos concorrentes.

Embora não tenham chance de trocar opiniões, os quatro devem apontar os rumos que pretendem dar a Minas Gerais. O governador, certamente, vai mostrar o que encontrou e fará comparações com o atual cenário administrativo. Seus concorrentes, por sua vez, estarão no campo das promessas, embora Kalil tenha passado os últimos seis anos à frente da prefeitura da capital mineira. Pestana, por seu turno, foi parlamentar e secretário de Estado. Todos, pois, têm experiência de gestão, com exceção de Viana, oriundo da comunicação, mas já inteirado de boa parte das demandas por conta de suas viagens pelo interior e dos dois anos de mandato no Senado.

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Desafios não faltam. Desde o ano passado, o Governo trava uma queda de braços com a Assembleia Legislativa para aprovar o Plano de Recuperação Fiscal. De acordo com o governador, é a única saída para saldar as dívidas com a União, que crescem em proporções geométricas, fruto, em sua maior parte, da gestão anterior capitaneada pelo ex-governador Fernando Pimentel (PT). Sem maioria no Legislativo, Zema enfrenta o discurso da oposição que considera a proposta um risco, em vez de solução.

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O pano de fundo, porém, é a contrapartida exigida pelo Governo federal. Embora ainda não definida, ela pode implicar a privatização da Copasa, que trata do saneamento em boa parte das cidades de Minas, e da Cemig, a estatal de energia elétrica. A venda desses dois ativos é considerada um tabu, a despeito das dificuldades econômicas, especialmente, da Cemig.

Em palestra em Juiz de Fora na última terça-feira, o empresário Salim Mattar, que atuou como secretário Especial de Desestatização do Governo Federal, disse que não há outro caminho. Defensor do Estado Mínimo, ele considera que nas mãos do setor privado ambas ganharão eficiência. O governador pensa da mesma forma, mas em ano eleitoral dificilmente seu propósito irá adiante.

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Mattar, em entrevista à Tribuna, admitiu que o mesmo adiamento deve ocorrer na privatização da Petrobras. Na sua avaliação, os dois temas devem retornar na legislatura a ser inaugurada em 1º de janeiro de 2023 quando, no seu entendimento, espera-se a formação de bancadas com menor resistência às privatizações e defensoras de um Estado mais enxuto.

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