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Desde ontem, verifica-se uma corrida aos postos em decorrência da decisão do Governo de tributar os combustíveis. A gasolina terá um imposto de R$ 0,47 por litro enquanto o etanol terá cobrança de R$ 0,27. A meta do Governo é garantir uma receita de R$ 28,9 bilhões. Foi uma vitória do ministro da Fazenda, Fernando Haddad sobre o segmento político que tem uma visão totalmente distinta. Como bem destaca o jornal “Valor Econômico”, “havia a opção de taxar os ganhos extraordinários obtidos pelas petroleiras no pós-pandemia, a exemplo do que foi feito na Europa. No entanto, avaliou-se que essa medida acabaria sendo repassada aos consumidores”.

Por precaução ou usando a mesma política de outras ocasiões, os postos ajustaram suas bombas antes mesmo de conhecer a decisão de Brasília, o que, por si só, já é um problema, já que fazem “head” para suas ações em detrimento do consumidor, que fica com todo o ônus. A equipe econômica entende que a fórmula adotada permite onerar o setor produtor de petróleo sem que o impacto seja repassado para o consumidor, o que só será possível avaliar com o decorrer do tempo.

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A política de preços da Petrobras sempre gerou ruídos, uma vez que, se por um lado a meta é garantir a competitividade da estatal, por outro há o custo político em decorrência da reação das ruas. Para evitar danos políticos, já na gestão passada adotou-se medidas para financiar o setor, o que, ao final das contas não é um bom negócio.

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O preço dos combustíveis é uma questão antiga no país, sobretudo pela sua repercussão. A qualquer movimentação nos postos os reflexos são imediatos e, quase sempre, para pior, já que não se vê queda dos preços, salvo em momentos especiais. E aí reside parte do problema. A majoração dos combustíveis tem efeitos de amplo espectro, sobretudo na economia.

O setor produtivo é induzido a ajustar seus preços para garantir um mínimo de lucratividade, mas na cadeia que se estabelece até se chegar ao consumidor final, os reajustas ficam encadeados. Todos tentam justificadamente se salvar, mas o consumidor não tem nenhuma alternativa, a não ser reduzir o consumo, o que nem sempre é possível, sobretudo quando se trata de produtos essenciais.

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Sua vida se altera em outras pontas. O transporte tem seus custos e quando não os repassa no preço das tarifas, pratica reduções, o que é possível ver no dia a dia das metrópoles.
Em ações de longo prazo, os investimentos em fontes renováveis de energia tornaram-se uma prioridade não apenas por questões ambientais, mas também pela necessária substituição dos combustíveis fósseis.

Trata-se um desafio imensurável e de longo prazo, mas que carece de um passo inicial, já que haverá um momento sem volta. O Brasil ainda é tímido nesses investimentos e aposta em fontes alternativas, como o etanol, mas trata-se apenas um paliativo. Um país com tantas demandas tem que acompanhar a tendência das nações mais desenvolvidas e investir em pesquisas, pois só assim será possível garantir um futuro sem traumas para as próximas gerações.

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