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Escolas inseguras

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O fato é recorrente, mas a solução, não. Há tempos, a Tribuna vem mostrando ocorrências de furtos e vandalismo nas escolas públicas da cidade sem que seja encontrada uma saída para esse velho problema, que não conta, sequer, com o envolvimento da comunidade na busca de alternativas. A Escola Estadual Batista de Oliveira ostenta um perverso índice de cinco invasões em 21 dias, com o agravante de o fato ter ocorrido, esta semana, duas vezes, em dois dias, isto é, o ladrão, ou ladrões, praticou o crime na madrugada de segunda-feira e voltou na terça para buscar o material que foi deixado para trás.

E por que a comunidade descumpre a sua parte? É que crimes dessa natureza são cometidos, na maioria das vezes, por pessoas do mesmo meio, que conhecem a rotina da escola e sua estrutura de segurança. Em boa parte dos casos, os moradores também sabem quem é o autor, mas, pelo justificado medo de retaliação, mantêm-se em silêncio. Essa postura acaba prejudicando a própria comunidade, pois a escola fica sem estrutura e, em alguns casos, deixa até de funcionar por alguns dias.

Nas muitas discussões sobre o assunto, a queixa generalizada foi a falta de segurança e de equipamentos capazes de inibir a ação dos ladrões. O velho vigia já não é mais a solução, pois acaba sendo, também, vítima, por haver sempre o risco de enfrentar assaltantes armados. As câmeras são uma alternativa, mas precisam estar conectadas a algum tipo de central para a reação imediata. Caso contrário, servirão apenas para documentar o furto, sem ajudar o trabalho da polícia, que não tem meios de vigilância permanente em tais espaços.

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Outras escolas já passaram pela mesma situação da que foi registrada na Batista de Oliveira, com furtos e vandalismo frequente. Se houver a união de esforços, a identificação dos autores é questão de tempo, o que é necessário para evitar mais problemas para a educação, já envolvida em tantas outras e preocupantes demandas.

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