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Ainda não acabou

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Com o aumento do número de casos de Covid-19, que em Juiz de Fora triplicaram nos últimos dias, a Prefeitura, como destacou a Tribuna na edição de ontem, reabriu leitos destinados a acolhimento de pacientes contaminados, o que não chega a ser uma surpresa. Pelo mundo afora, a variante Ômicron, a despeito de ter menor letalidade do que as demais cepas, indicou um alto grau de propagação. Em alguns países, as curvas já começam a descer e, em outros, como parte do Brasil, já há uma certa estabilidade. Mas é preciso deixar claro que a Covid ainda não acabou. Os dados continuam sendo preocupantes por haver um expressivo contingente de não vacinados ou com apenas parte da vacinação completa. São esses personagens que formam a maioria dos internados em leitos de UTI.

Em decorrência desses mesmos números, diversas prefeituras suspenderam os eventos de carnaval, entre elas a de Juiz de Fora, sinalizando que a população precisa ter ciência clara da situação. Mesmo sendo um desejo coletivo, a volta à normalidade ainda vai demorar um tempo, o que, no entanto, não impede a implementação de muitas ações, desde que formatadas dentro de protocolos de segurança estabelecidos pelas autoridades sanitárias. O carnaval, pois, será um teste, já que muita gente, mesmo com as restrições, não esconde a disposição de ir para as ruas, formando desnecessárias e perigosas aglomerações.

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Não se desconhece a ansiedade coletiva pela volta de todas as ações, como ocorreu até fevereiro de 2020, mas, para vencer essa luta e garantir que tudo será possível em breve, é preciso virar totalmente essa página, o que, infelizmente, ainda não é garantido, mesmo já sendo possível ver a luz no fim do túnel.

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O ano ora em curso será desafiador para o projeto de retomada por características próprias. Além do carnaval, haverá eleições gerais em outubro, com implicações em eventos de campanha que envolvem aglomerações. Além disso, a partir de 21 de novembro, até 18 de dezembro, as ruas estarão lotadas de torcedores por causa da Copa do Mundo de futebol. Mantê-los é importante, desde que os participantes também se conscientizem de que é possível retomar projetos com as devidas medidas de segurança.

O segmento de eventos foi um dos que pagaram a maior conta com a pandemia, por terem sido os primeiros a interromper suas atividades e os últimos a terem direito de retomada. Podem e devem voltar ao trabalho, sobretudo por serem uma fonte econômica de recursos e empregos. Com segurança e dentro das regras, é possível.

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Fica clara a necessidade de conscientização coletiva. Se todos fizeram a sua parte, a começar pela vacinação – e a população é o principal componente -, há espaço para ir adiante. Compreender essa responsabilidade é vital para o coletivo.

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