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Ano de desafios

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O ano de 2022 tem todas as características para ser atípico. Primeiro, a despeito de a pandemia ainda ser uma realidade, após a sua variante ômicron invadir o mundo, já se pensa na retomada, dependendo, é fato, dos níveis de vacinação. Desde o fim do ano passado, vários serviços foram retomados, e Juiz de Fora, em razão do volume expressivo de pessoas imunizadas, começou a viver novos tempos.

Ninguém é ingênuo em considerar que a crise sanitária passou e que os impasses econômicos ficaram para trás. O ano que ora começa será atípico também pela necessidade de um recomeço consistente, apartado de promessas vãs e de ações tipicamente voltadas para o palanque eleitoral. Será o ano do recomeço e de eleições gerais.

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E esse é outro ponto de sua atipicidade. Estarão em jogo os cargos executivos envolvendo a Presidência da República e os governos estaduais, além da Câmara Federal, 1/3 do Senado e as assembleias legislativas. Há material suficiente para a geração de discussões profundas sobre o país, mas também para a elaboração do jogo de intrigas que perpassa a cena por meio das redes sociais. O eleitor será desafiado a distinguir o que é fato do que é fake, para definir o seu voto.

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Também é tempo de Copa do Mundo. Ao contrário de outros anos, a competição, que tem serviço de esquenta das ruas para as eleições gerais, desta vez, em decorrência do forte calor do Catar, está programada para o período de 21 de novembro a 18 de dezembro, ou seja, quando o país já terá definido os seus eleitos. O pleito, no primeiro turno, está marcado para o dia 2 de outubro – o primeiro domingo do mês -, e 30 de outubro será a rodada final.

Os desafios de 2022 já estão em curso, sobretudo por conta dos dois últimos anos que não só comprometeram a economia, mas também, e, principalmente, deixaram milhões de famílias órfãs pelo mundo afora. O começar de novo não é um processo simples, sobretudo pelo acúmulo de demandas. Há um passivo a ser superado, que só será vencido se os atores das diversas instâncias sociais tiverem o olhar voltado para o futuro, sem as idiossincrasias, que sempre puxam para trás, quando o objetivo comum exige o contrário. Embora os cargos municipais não estejam em jogo, é nas cidades onde tudo acontece. As gestões públicas serão chamadas a enfrentar esse processo de mudanças sob o olhar esperançoso da população. O diálogo entre as instâncias de poder, mais do que nunca, será necessário.

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