No dia 1º de setembro de 1981, a primeira edição da Tribuna chegava às bancas anunciando a desistência da Monark de se instalar em Juiz de Fora. A manchete destacava uma situação que se repetiria anos adiante, com a migração de investimentos importantes para outras praças e outros tantos que ficaram no meio do caminho, como a M. Dias Branco. O jornal, ao curso desses 40 anos, vem registrando idas e vindas sem nunca, porém, desistir de Juiz de Fora.
Quatro décadas depois, reafirmamos nossos princípios estabelecidos no editorial Razões e Objetivos, no qual o jornal firma o seu compromisso de defender a livre iniciativa e os interesses da região. Juiz de Fora tem papel estratégico nesse processo, e seu crescimento deve ser acoplado ao desenvolvimento do seu entorno. Essa bandeira continua passando por nossas páginas, embora ainda não seja um projeto consolidado.
Quando circulou sua edição inaugural, a Prefeitura era dirigida pelo professor Francisco Antônio de Mello Reis – um visionário, que só agora tem suas ações reconhecidas – e no Governo de Minas estava em curso o mandato de Francelino Pereira, ex-presidente da Arena, cuja frase preferencial era “o futuro a Deus pertence”. O presidente João Batista Figueiredo, o último general a presidir o país, fazia a transição para o governo civil. Apostava em Tancredo Neves, com quem tinha diálogo, mas foi sucedido por José Sarney, um antigo parceiro que se tornou desafeto. Para não lhe passar a faixa, saiu pela porta ao lado do Planalto.
O jornal viu, registrou e também passou por mudanças. O fim do ciclo analógico impôs novas técnicas e estratégicas, sem perder os princípios. O impresso se mantém, mas tem sua versão na plataforma digital para o registro do dia a dia em tempo real. O que virá pela frente faz parte dos desafios da comunicação, e a Tribuna está pronta para enfrentá-los.
Em tempos de redes sociais, a relevância dos jornais se acentuou, e a Tribuna vive esse processo diariamente, estabelecendo o contraditório e fazendo a apuração dos fatos com critérios eivados pela responsabilidade.
O jornal é feito por muitos, e chegar a esses 40 anos significa a participação de personagens – alguns não mais entre nós – na construção da história da cidade e da região. Nossas metas continuam, e superá-las, como destacava o fundador Juracy Neves, é nosso objetivo.