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Estrada perigosa

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A despeito de ser uma das rodovias mais modernas do país, sobretudo no trecho entre Juiz de Fora e o Rio de Janeiro, a BR-040 tem números preocupantes quando se trata de segurança. Na edição de ontem, a Tribuna apontou que, em território mineiro, a cada dez acidentes, um resulta em morte na rodovia. Os dados são da Polícia Rodoviária Federal e revelam que, até abril, foram contabilizadas 576 ocorrências e 56 mortes.

São números graves e reveladores por apontarem a necessidade de ações mais consistentes das concessionárias. Em território mineiro – salvo até a chegada a Juiz de Fora, que fica por conta da Concer – o trecho mais longo está sob gestão da Via 040, que já há algum tempo pediu para deixar a concessão em decorrência de não retorno aos seus investimentos.

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Mesmo com tais aportes, ainda há um grande passivo de projetos a serem desenvolvidos, a começar pela vizinha cidade de Santos Dumont, na qual se encontram quatro viadutos – dois deles em curva – que são um verdadeiro desafio para os usuários. Construídos no início dos anos 1960, estão totalmente superados em questões de segurança, por não serem, sequer, duplicados. Viram um afunilamento que já registrou vários acidentes, entre eles o que matou o ex-presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora, vereador Paulo Rogério dos Santos, em março de 2008.

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Outra região crítica fica entre a cidade de Conselheiro Lafaiete e o entroncamento com a rodovia que dá acesso a Ouro Preto, no Bairro Alphaville, próximo a Belo Horizonte. O intenso trânsito de caminhões pesados, a maioria deles das mineradoras, torna-se um risco permanente para os usuários. Quando chove a situação se agrava, pois o pó deixado pelo minério se transforma em lama. Ademais, falta a duplicação e, principalmente, barreiras de separação das pistas.

O Ministério dos Transportes tem anunciado um novo processo de privatização, e definiu novos lotes. Quem vencer a concorrência ficará com o trecho Rio de Janeiro/Belo Horizonte e terá pela frente uma dura tarefa de resolver demandas nas duas pontas. A primeira, na Região Serrana, cuja obras estão paradas há anos, especialmente um túnel de cinco quilômetros que tiraria o trânsito das sinuosas curvas da serra. A segunda é a região utilizadas pelas mineradoras, que têm recursos e projetos para construírem uma via própria e alternativa.

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Fora dos projetos de privatização, a região também registra a situação crítica de outra rodovia federal. A BR-267, especialmente entre Juiz de Fora e a BR-116, nas proximidades de Leopoldina, é uma vergonha ante tantos buracos no seu trecho. Os usuários são induzidos a malabarismo para evitar acidentes, já que, em vários pontos, precisam passar pela contramão. São mínimas as operações do Dnit, a quem cabe a responsabilidade, comprometendo até mesmo o escoamento da produção. O mais grave, porém, é a segurança, com o permanente risco às vidas daqueles que por lá passam.

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