Terminada a festa, se bem que em algumas regiões a folia vai até o próximo fim de semana, é hora de verificação dos prós e contras daquele que é considerado um dos maiores eventos da terra. No Rio de Janeiro, o brilho de sempre, a despeito de problemas graves com os carros alegóricos tanto no primeiro quanto no segundo dia, que devem levar a uma avaliação sobre o seu tamanho e segurança. Pelo resto do país, a festa prevaleceu, e o povo, mesmo diante de tantos problemas políticos e econômicos, foi às ruas para só voltar nesta quarta-feira.
Juiz de Fora seguiu o mesmo tom. O carnaval com os blocos continua sendo um sucesso, embora também houvesse percalços com os que não se registraram e fizeram seu evento sem as devidas garantias, deixando o folião à mercê de gangues, que sempre se aproveitam da multidão para se apresentarem. Esta questão, porém, é fácil de resolver.
Os desfiles no Parque de Exposições, que num primeiro momento foram vistos com reservas, passaram no teste. Foram bem organizados, e quem compareceu teve oportunidade de se divertir sem qualquer dificuldade. Com ajustes, em 2018, tem tudo para melhorar.
A nota fora do tom ocorreu com a Banda Daki, não com o desfile em si, pois há anos não há riscos de segurança graças às novas táticas adotadas pela Polícia Militar. A questão central está nos bastidores, onde há um descompasso no discurso entre a Prefeitura, por meio da Funalfa, e os carnavalescos da entidade. Mesmo que não haja desentendimentos, falta entendimento, como dizia Magalhães Pinto, o que aponta para o encontro de pontos de vistas. O diálogo é a via adequada para superar impasses, sobretudo quando os dois lados tentam fazer o melhor para o folião da cidade.