Como deputada federal e única parlamentar da minha região a assinar a PEC que propõe a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, reafirmei um compromisso de grande responsabilidade com as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros. A defesa dos direitos trabalhistas não é um tema recente para mim, como parlamentar e desde os tempos da militância estudantil. No nosso mandato, desde que assumimos, tenho me dedicado a fortalecer as discussões e a lutar por condições de trabalho dignas, especialmente para aquelas que mais enfrentam a sobrecarga do trabalho formal e informal.
A escala 6×1 impõe uma realidade desumana para milhões de mulheres, especialmente aquelas que, além de enfrentarem jornadas exaustivas, são responsáveis por boa parte do trabalho de cuidado em seus lares, tarefas que raramente são reconhecidas ou valorizadas. Acredito que é nosso dever, como legisladores, enxergar além das paredes do Congresso e ouvir essas mulheres, compreendendo o impacto da falta de descanso e de tempo para lazer em suas vidas e em suas famílias.
A audiência pública que propus recentemente na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher reflete esse compromisso contínuo com a melhoria das condições de vida e trabalho das brasileiras. É um espaço fundamental para trazermos à tona não apenas os dados, mas também as vozes daquelas que enfrentam essa rotina exaustiva. O trabalho parlamentar precisa ir além das assinaturas e das propostas; ele deve ser também uma construção coletiva com quem vive, na prática, os impactos dessas jornadas.
Estar ao lado das trabalhadoras e trabalhadores nessa luta é parte do meu compromisso com a justiça social. Acredito que precisamos continuar trabalhando, no âmbito público e no privado, em prol do bem viver e da saúde da nossa população. Estou determinada a continuar empenhando meu mandato nessa causa, buscando um Brasil mais justo, onde o trabalho e o descanso sejam, de fato, direitos, e não privilégios.
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