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Trump e suas bravatas

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Em alguns artigos recentes, disse que Donald Trump se sentia e se comportava como o dono do mundo. As medidas recentes que vem adotando, em especial o tarifaço contra o Brasil, reforçam esta certeza de que o presidente americano assumiu esta postura de dono e patrão do mundo. Um comportamento megalomaníaco que coloca o mundo em perigo.

O seu comportamento em relação ao Brasil é especialmente grave. O tarifaço não foi uma medida econômica. Foi sim a tentativa de uma intervenção política descarada, em defesa de uma pessoa, não de uma causa.

Ao exigir o fim dos processos contra o ex-presidente Bolsonaro impondo a sanção do tarifaço, Trump agrediu a todo o povo brasileiro e extrapolou suas funções, usando o poder político que lhe foi concedido nas urnas para cuidar dos interesses nacionais, para interferir politicamente em um velho aliado em defesa não do povo americano, mas de um amigo pessoal(?)

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A resposta do presidente Lula veio rápida, colocando o presidente norte-americano em seu devido lugar, e lembrando que quem manda no país é o povo. Bela retórica, mas que não resolve o problema. O país – quando digo o país falo no povo – precisa se manifestar, posicionando -se contra o americano intruso e contra seus aliados brasileiros. A que preço entregaram o país, aceitando ingerência externa num problema que diz respeito apenas a nós brasileiros. Onde estão nossos nacionalistas patriotas que se colocaram num silêncio ensurdecedor? Que preço teremos que pagar para cessar uma ingerência interna descabida? Vamos negociar, propõem os mais comedidos entre eles o vice-presidente Geraldo Alckmin. Pode ser um caminho, mas desde que não signifique ultrajar nossa Constituição.

Desde que não signifique escancarar o país a novas intervenções. Lula, apesar de ter sido firme e agir dentro da legalidade em sua resposta ao agressor, não tem força para falar sozinho. Que a classe política, a classe empresarial e o povo-dentro do possível- se manifeste em defesa do país. Fraquejar agora é deixar a porta arrombada para novas intervenções externas. Quem provocou esta reação descabida do presidente americano não pode ser ouvido agora. Precisar ser isolado, mesmo que, de alguma forma, acabe se beneficiando dos acordos futuros para por fim às agressões. Negociações, se ocorrerem,

*Paulo César de Oliveira é  jornalista e diretor-geral da revista Viver Brasil

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