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O fim agonizante de um partido

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Muitos que estão hoje na militância política, e uma imensa legião de eleitores, não conheceram o protagonismo e a importância que teve o PSDB na vida brasileira. Reunindo lideranças dissidentes do MDB e forjado na luta pelas diretas, surgiu defendendo o parlamentarismo, o Liberalismo social, o Liberalismo econômico e a Social-democracia. Mas foi com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Economia de Itamar Franco, que sucedeu o cassado Fernando Collor, que o partido ganhou força, impulsionado pelo Plano Real. O plano que derrotou a inflação de mais de 80% ao ano deu, nas urnas, dois mandatos presidenciais a Fernando Henrique, governadores, bancadas fortes no Senado, nas Câmaras e nas Assembleias estaduais.

Em Minas, o PSDB elegeu Aécio Neves por dois mandatos e o hoje ministro do TCU Antônio Anastasia, por um mandato. Durante mais de duas décadas o partido dos tucanos teve uma liderança forte no país. Uma liderança que foi sendo esvaziada por dissidências internas e perda de apoio popular. Hoje, o PSDB é apenas mais uma legenda no mar partidário do país. Sua fusão, ou mesmo incorporação por outra legenda, parece inevitável e, certamente, vai decretar sua extinção.

Em Minas, onde foi muito forte, o partido nem mesmo candidato a governador terá. Aécio Neves, sua maior liderança no estado, foi sondado para nova candidatura, mas desconversou. E a situação está assim em vários outros estados.

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O fim dos “tucanos” na política brasileira parece inevitável. Aqui, em Minas, o ex-tucano começa a ganhar espaço e sem concorrentes à vista. Ungido pelo governador Zema, o vice Mateus Simões (hoje no Novo), que por alguns anos foi filiado ao PSDB, vai ganhando corpo na disputa pelo governo do Estado.

Mateus Simões, que conhece como poucos os problemas de Minas, já está com o pé no palanque e conquistando apoios. Como não tem “tucano” na disputa, um ex-tucano pode conquistar o Governo do Estado. A realidade que se vê em Minas não é diferente do restante do país. Nas últimas eleições, os “tucanos” elegeram governadores em três estados, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Mato Grosso do Sul.

 

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