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Congresso teria que trabalhar

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Mais vinte dias e o Congresso Nacional entra em recesso, oficialmente marcado para começar no dia 23 de dezembro. O tempo é curto para decisões importantes, como o próprio orçamento de 2025 e as medidas do ajuste fiscal propostas pelo governo. São assuntos polêmicos, mas, mesmo assoberbada de trabalho, a Câmara Federal faz paradinha amanhã para promover uma sessão solene para homenagear 34 brasileiros e estrangeiros por relevantes serviços prestados ao Parlamento e ao Brasil.

Passada a festa, o que se espera é que deputados e senadores se dediquem com afinco na análise do que realmente interessa ao país, sem se postarem sobre o palanque de 2026. Responsabilidade na condução das questões, sem posicionamentos demagógicos é o que se espera de senadores e deputados, até para conter algumas radicalizações perigosas que começam a aparecer, como um vídeo postado pela Marinha enaltecendo seus militares que “abdicam de suas famílias e de momentos de lazer para proteger as riquezas do Brasil”. No fim, a peça questiona: “Privilégios? Vem para a Marinha”.

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A manifestação, que demonstra insatisfação contra cortes de privilégios de militares no programa de ajuste fiscal, sinaliza a existência de resistências ao projeto do governo dentro das Forças Armadas. Atiçar este sentimento dentro dos debates Legislativos pode tumultuar o ambiente político, o que reforça a tendência de algumas lideranças de empurrarem para o ano que vem as decisões sobre o ajuste. Mesma medida já tomada em relação à proposta de concessão de anistia aos golpistas de 8 de janeiro que visa beneficiar, especialmente Bolsonaro.

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Prudência e caldo de galinha, ensinavam os velhos políticos mineiros, é sempre bom nesta hora. Que cada um trate de segurar o seu radical. Talvez o melhor caminho seja mesmo o que sempre trilharam nossas “excelências”. Empurrar “votações polêmicas com a barriga”, cuidando apenas do indispensável, o orçamento do próximo ano e do próximo salário mínimo. Temas políticos podem, ou devem, esperar. A sugestão vale também para os deputados estaduais.

 

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