O movimento de caminhoneiros contra a vitória do ex-presidente Lula (PT) no segundo turno das eleições de 2022, selada no domingo (30), alcançou a BR-262 e BR-116, em trechos nos municípios de Muriaé e Manhuaçu. Informações iniciais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam para interdição na altura do km 50, no entroncamento com o km 590 da BR-116, em Manhuaçu, causando congestionamento na estrada. Em Muriaé, a manifestação ocorre na BR-116, na altura do km 702.
Segundo a PRF, o movimento em Manhuaçu permite a passagem de veículos de passeio, ambulâncias, ônibus e cargas perecíveis, apesar da lentidão na rodovia. Em Muriaé, automóveis, ônibus e ambulâncias também têm a passagem liberada.
As manifestações de caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) acontecem em escala nacional, desde a noite de domingo. Ao menos 11 estados já confirmaram pontos de interdições em estradas e, nas redes sociais, circulam vídeos de fechamentos de rodovias, incluindo barricadas com fogo em pneus. Além de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Bahia estão entre os estados que passam pelo problema. No Rio de Janeiro, outro local com manifestação, um bloqueio na rodovia Presidente Dutra, no município de Barra Mansa, no sul do estado, causa congestionamento.
Nas estradas que cortam Juiz de Fora, não há qualquer bloqueio, de acordo com apuração da Tribuna. As polícias Federal Rodoviária (PRF) e Militar Rodoviária, além da Concer, empresa que administra a BR-040 no trecho entre Juiz de Fora e Rio de Janeiro, negaram existência de interdições. Por outro lado, a Via 040, responsável pela rodovia entre Juiz de Fora e Brasília, confirmou que houve um ponto de bloqueio durante a madrugada desta segunda-feira (31) e que a manifestação teria acontecido “por motivos políticos”. O protesto, entretanto, durou cerca de uma hora e a via já foi liberada.
Alguns manifestantes pedem intervenção militar
Nos vídeos que circulam nas redes, caminhoneiros afirmam fazer uma mobilização para bloquear as rodovias do país contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Em alguns materiais, os manifestantes estão vestidos com roupas em verde e amarelo, e pedem intervenção militar.
Há registros de obstáculos criados por caminhoneiros nos estados do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, em Minas Gerais, São Paulo, no Rio de Janeiro, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, no Pará e no Distrito Federal.