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Morador denuncia ‘ausência de explicações’ sobre qualidade da água em Ewbank da Câmara

Situação da qualidade da água em Ewbank ainda não teria sido resolvida
Foto encaminhada à Tribuna mostraria condições de tubulação de água no município
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Pouco depois de o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) alertar, por meio de um relatório, que a água de Ewbank da Câmara não pode ser ingerida e nem utilizada para higiene pessoal ou para preparar alimentos, o assunto volta à tona. Habitantes do município, distante cerca de 30 quilômetros de Juiz de Fora, relatam que a situação não se alterou.

Um morador da cidade, que preferiu não ter seu nome publicado, relatou à Tribuna que a Administração municipal “não deu explicações” a respeito da situação, mesmo após o caso ter sido divulgado. “O povo continua bebendo água contaminada. Fiz uma visita no sistema de tratamento da Grota da Pedra. Nunca vi um local tão sujo e desleixado, sem tratamento nenhum”, diz.

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“O primeiro sentimento é de preocupação com as possíveis doenças causadas pela água contaminada. O segundo é de indignação: todas as autoridades sabem do risco, mas continuam sem sequer dar uma satisfação à população local. Estamos revoltados com a falta de respeito com o povo.”

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A Tribuna demandou o MPMG a respeito de atualizações no caso e também questionou quais seriam as as possíveis medidas tomadas pelo órgão, caso a qualidade da água no município não se altere. O jornal também questionou o MP sobre qual seria o prazo para que a Administração municipal tome alguma providência. O órgão, entretanto, não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.

O que diz a Prefeitura

Em resposta à reportagem, a Prefeitura de Ewbank da Câmara afirma que realizou aquisição de diferentes materiais necessários para realização das análises de água em 12 de junho. Conforme a Administração, a empresa contratante realizou a entrega nesta quarta-feira (31). Além disso, está monitorando diariamente tanto o pH quanto o cloro, bem como a água bruta e a tratada. Também foi informado que está sendo realizada a manutenção dos reservatórios com aplicação de selantes, além do acompanhamento semanal do químico.

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“A Administração reforça que a Estação de Tratamento de Água (ETA) foi revitalizada e o processo inicial para a construção de uma nova já está em andamento. Destacamos também que já foi investido mais de R$ 1 milhão no tratamento da água ofertada aos moradores. Estamos profundamente empenhados em resolver a situação, reforçando que nunca cruzamos os braços diante desse desafio – que também foi enfrentado em gestões anteriores”, diz a nota enviada à Tribuna.

Foto encaminhada à Tribuna mostraria condições da Estação de Tratamento de Água (ETA) da cidade. Prefeitura alega que local foi revitalizado 

Caso da água em Ewbank da Câmara

Com base em amostras analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) no fim de junho, um alerta direcionado à água da cidade foi feito por um relatório do Ministério Público de Minas Gerais. Na análise, solicitada pelo Procon-MG, foram encontrados coliformes totais e “Escherichia coli” (uma bactéria encontrada naturalmente no intestino de humanos e animais).

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De acordo com o MPMG, esses microrganismos indicam problemas sanitários que podem causar diversas doenças. Também foram detectados índices acima do limite permitido de alumínio e ferro. O primeiro pode causar problemas renais e neurológicos, e o segundo pode alterar o sabor da água.

O órgão reforça que oferecer qualquer produto impróprio para consumo é prática infrativa. Ainda orienta que os responsáveis pelo sistema de abastecimento e as autoridade de saúde pública de Ewbank da Câmara devem elaborar um plano de ação o mais rápido possível para corrigir os problemas, coletando e analisando amostras de água ao longo de vários dias, até que o resultado seja adequado.

*estagiário sob a supervisão da editora Carolina Leonel.

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