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Denúncia de desvio de madeira da UFV é investigada pela PF

tora de madeira Divulgacao PMMA
Madeira foi apreendida e será acondicionada em um lugar adequado até o final do processo judicial (Foto: Divulgação PMMA)
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Uma denúncia de um suposto desvio de madeira da Universidade Federal de Viçosa (UFV) está sendo investigada pela delegacia da Polícia Federal de Juiz de Fora. A suspeita é de que cargas com toras de madeira pinus teriam sido retiradas da fazenda Boa Vista, propriedade do campus, e levadas para uma marcenaria da cidade. Conforme o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), registrado pelo Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA), o dono da madeireira alegou que teria o direito de extrair as madeiras da fazenda da universidade e levá-las para o seu estabelecimento por ter pago pela carga.

Conforme informações do documento, ao qual a Tribuna teve acesso, ele alega ter pago no último ano o valor de R$50 mil em duas parcelas, de R$40 e R$10 mil, para um ex-funcionário da Serraria da UFV, que teria facilitado a ação. Segundo a ocorrência, a instituição federal alegou não estar ciente de tal transação comercial que teria sido feita sem a emissão de Nota Fiscal, obrigatória nesses casos. Além disso, segundo o boletim de ocorrência, o homem teria alegado possuir autorização de um professor da universidade para o processo.

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O documento diz que o docente citado foi consultado e confirmou a venda da madeira, ao passo que teria argumentado que o dinheiro da comercialização havia sido encaminhado para a conta da Fundação Arthur Bernardes (Funarbe). O professor universitário teria explicado ainda que iria enviar toda a documentação, bem como a nota fiscal aos oficiais responsáveis pelo caso. Ainda conforme o documento, alguns funcionários da instituição teriam ciência da comercialização das toras.

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A madeira foi apreendida e será acondicionada em um lugar adequado até o final do processo judicial. O caso ficará a cargo da Delegacia da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) que vão investigar a denúncia.

UFV afirma investigar a situação

Em nota publicada no site oficial da instituição, a Universidade declarou que já investigava a situação sobre o possível desvio das madeiras. Com isso, um relatório com possíveis irregularidades estava em elaboração pela Diretoria de Segurança Patrimonial e Comunitária da UFV.

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“(A Universidade) tomou medidas administrativas cautelares para garantir a total transparência do processo e a interrupção do possível dano ao erário público, como a publicação da Portaria Normativa nº 528 de 22 de junho de 2023, que suspendeu as atividades do Serviço de Marcenaria e transferiu a sua gestão do Departamento de Engenharia Florestal para a Diretoria de Manutenção da Pró-Reitoria de Administração”, afirmou o ofício.

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