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Reconstrução de BH após chuvas vai custar ao menos R$ 300 milhões

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Avenida Tereza Cristina, região noroeste de Belo Horizonte (Foto: João Leus / O Tempo)

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A reconstrução de Belo Horizonte após dias de forte temporal vai custar entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões, segundo o prefeito da cidade, Alexandre Kalil (PSD). “O que aconteceu aqui, nenhuma cidade do mundo aguentaria. Paris, Nova York ou Boston.”

Depois da tempestade de sexta-feira (24), que atingiu a periferia da capital mineira, matando 13 pessoas, as chuvas da noite de terça-feira (28) destruíram parte da zona sul da capital, área nobre da cidade, incluindo ruas em frente à casa do prefeito, que mora no bairro de Lourdes. Não houve registro de mortes em Belo Horizonte em decorrência das chuvas da terça-feira.

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Kalil afirmou que espera que parte dos recursos saia do Governo federal. O presidente da República, Jair Bolsonaro, deverá viajar a BH nesta quinta-feira (30). Segundo apurou o Estadão/Broadcast, Bolsonaro deve sobrevoar as regiões mineiras atingidas pelas chuvas, acompanhado dos ministros do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, e da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Desde a semana passada, o Estado teve 53 mortes por chuvas em 17 municípios, além de quase 46 mil desabrigados e desalojados. No total, 101 cidades estão em situação de emergência.

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Na tarde desta quarta, integrantes da Defesa Civil de São Paulo chegaram em Belo Horizonte para prestar auxílio e atuar nos locais atingidos pelas chuvas dos últimos dias. Segundo a Defesa Civil de Minas Gerias, os técnicos, engenheiros e geólogos paulistas vão trabalhar, inicialmente, em Belo Horizonte, mas podem ser deslocados para atuação em outras localidades do interior. Eles vão atuar fazendo atendimentos burocráticos, técnicos e também em campo, na análise de áreas vulneráveis, tanto na área de vistoria como no atendimento emergencial.

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Avenida Tereza Cristina, região noroeste de Belo Horizonte (Foto: João Leus / O Tempo)

“Esperamos a sensibilidade do Governo federal”. O gestor municipal disse ainda que o primeiro passo agora é limpar a cidade. A reconstrução, no entanto, só ocorrerá em período mais seco. O prefeito se comprometeu ainda a dobrar o número de funcionários e máquinas voltadas para a limpeza do município nesta quarta-feira, elevando os números para 1,2 mil e 150, respectivamente. O objetivo, no momento, segundo o prefeito, “é desobstruir vias e colocar a cidade para andar”.

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Ao anunciar as medidas, Kalil chorou por duas vezes. Também pediu paciência da população para a realização das obras. Ele disse ainda que o Governo estadual decidiu pagar em três parcelas parte de uma dívida de R$ 200 milhões que tem com a Prefeitura. “Vamos reconstruir essa cidade, que foi destruída por essa catástrofe”, garantiu, tratando as chuvas em Belo Horizonte como o maior desastre nos 122 anos da cidade.

Kalil usou os estragos causados pelas chuvas na região centro-sul da cidade para reclamar de empreiteiros da capital que criticaram o plano diretor, aprovado no ano passado, e que prevê menos área da cidade para construção. “A resposta chegou à casa deles”, declarou, se referindo ao fato de os empreiteiros também morarem na região atingida.

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O prefeito garantiu a realização do carnaval em Belo Horizonte, hoje uma das folias de rua que mais atraem visitantes no Brasil. “O povo só é obrigado a sofrer? Vamos colocar cinco milhões no carnaval da cidade e com segurança”, disse.

Governo federal repassa R$ 7,699 milhões a BH

O Governo federal autorizou o empenho e o repasse de recursos ao município de Belo Horizonte (MG) no valor de R$ 7,699 milhões para ações de apoio e socorro às áreas atingidas pelas chuvas. Desde o início dos temporais, na quinta-feira passada, 53 pessoas já morreram no Estado e mais de 30 mil mineiros estão desabrigados.

A decisão atende a pedido da prefeitura da capital mineira e consta de portaria da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta tarde. O valor faz parte da ajuda de R$ 90 milhões que a União dará a Estados afetados pelas chuvas. A verba para o socorro aos Estados foi anunciada no último fim de semana. Além de Minas Gerais, outros Estados, como Espírito Santo e Rio de Janeiro, também sofrem com fortes chuvas.

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“Os recursos financeiros serão empenhados a título de transferência obrigatória”, cita a portaria. O prazo de execução das obras e serviços é de 180 dias e o município deverá apresentar prestação de contas do uso do recurso.

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