A recepcionista do Hospital São João Nepomuceno, sediado no município de mesmo nome, denunciou o provedor da unidade, um homem de 70 anos, por importunação sexual. A denúncia será investigada pela Polícia Civil da cidade, que fica a cerca de 65 quilômetros de Juiz de Fora. O caso foi registrado na manhã desta terça-feira (28), nas dependências do hospital. A vítima, 32, acionou a Polícia Militar e relatou que, por volta das 7h30, quando estava na recepção se preparando para ir tomar café, sentiu que alguém bateu com as mãos em suas nádegas. Ao olhar para trás, a mulher teria visto que o autor do abuso se tratava do provedor do hospital.
A PM deslocou-se para o local, onde fez contato com a vítima e testemunhas. De acordo com o boletim de ocorrência, uma mulher ouvida no hospital contou que teria visto quando a recepcionista reclamava da atitude do provedor e que o mesmo teria feito um pedido de desculpa para a vítima, afirmando que apenas estava a cumprimentando.
Ainda segundo o boletim, o suspeito compareceu à unidade policial e relatou que em nenhum momento encostou suas mãos nas nádegas da recepcionista, mas sim nas suas costas, que seria o seu costume de cumprimentar todos os funcionários do hospital. Ele ainda teria alegado que o seu ato não teve cunho sexual, nem o objetivo de importunar a mulher.
O caso foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil. De acordo com a assessoria de comunicação da polícia, foram realizadas diligências preliminares a fim de colher informações e os envolvidos foram ouvidos na delegacia. Não houve a confirmação de prisão em flagrante contra o suspeito. Todavia, o caso foi encaminhado para investigação.
À Tribuna de Minas, o tesoureiro da provedoria do hospital e membro da diretoria, Eduardo Gomes Abreu, disse que houve a acusação por parte da recepcionista e que o caso já está em apuração. Segundo ele, o provedor alega que houve apenas o cumprimento da parte dele à funcionária. O tesoureiro ainda destacou que o provedor é um homem idôneo e que representantes da unidade hospital ainda não foram convocadas à delegacia, mas que a instituição irá colaborar com a investigação.