Trinta e seis municípios da Zona da Mata atingidos pelas chuvas dos últimos dias receberam recursos do Estado de Minas Gerais, que liberou o pagamento antecipado do Piso Mineiro de Assistência Social Fixo às 101 cidades que decretaram situação de emergência. A liberação ocorreu por meio de dois decretos, assinados pelo governador Romeu Zema (Novo). Os decretos dispensam a realização de licitações para contratações de serviços temporários e compras essenciais. De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), o montante liberado chega ao valor de R$ 3,4 milhões, mas a expectativa é de que mais aportes possam ser direcionados a outras cidades. Essa condição tem prazo de validade de 180 dias e permite a mobilização de órgãos estaduais para o atendimento e o reparo dos danos.
Os municípios da Zona da Mata que receberam o aporte são Abre Campo, Alto Jequitibá, Carangola, Cataguases, Divino, Dores do Turvo, Durandé, Ervália, Espera Feliz, Fervedouro, Guaraciaba, Guidoval, Luisburgo, Manhuaçu, Manhumirim, Matipó, Miradouro, Muriaé, Orizânia, Patrocínio de Muriaé, Paula Cândido, Pedra Bonita, Ponte Nova, Raul Soares, Rio Casca, Santa Margarida, Santana do Manhuaçu, Santo Antônio do Grama, Senador Firmino, Senhora de Oliveira, São Geraldo, Simonésia, Tocantins, Tombos, Ubá e Visconde do Rio Branco.
As parcelas antecipadas do Piso são relativas aos meses de janeiro, fevereiro e março. O montante é destinado ao suporte socioassistencial. De acordo com a Sedese, os gestores municipais de assistência social e as equipes de referência dos municípios afetados estão recebendo auxílio técnico. Entre as ações, estão o apoio no preenchimento de plano de trabalho para recebimento do Piso Mineiro e orientações sobre o cofinanciamento federal para o Serviço de Proteção em Calamidades Públicas e Emergência e sobre o adiantamento do calendário do Bolsa Família. Conforme a Agência Estado, o Governo federal deve realizar, na manhã desta quarta-feira (29), uma reunião com a equipe econômica para tratar da liberação de recursos para os Estados afetados pelos estragos em decorrência das chuvas. Veja a lista.
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Número de mortes no estado chega a 52
A coordenadoria de Defesa Civil de Minas Gerais confirmou mais cinco mortes no Estado, em função das enchentes ocorridas nos últimos dias. De acordo com o boletim do órgão, atualizado na tarde desta terça-feira (28), dois desses óbitos ocorreram em Divinópolis e outros três em Ibirité. Uma pessoa ainda está desaparecida em Conselheiro Lafaiete. Dos 52 óbitos registrados no Estado, até o momento, 42 estão relacionados a desmoronamentos, desabamentos ou soterramentos. Outras oito pessoas foram mortas arrastadas pelas águas, e duas por afogamento. Ainda de acordo com o relatório da Defesa Civil, há 28.893 pessoas desalojadas pela chuva, 4.397 desabrigados e 65 feridos.
Retorno às aulas normal
Embora algumas escolas do Estado estejam sendo usadas como abrigo para as famílias que ficaram desalojadas depois dos temporais, não há previsão de alteração do calendário escolar, que tem a volta às aulas marcadas para o dia 10 de fevereiro, informação reafirmada pela Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG). À Tribuna, a SEE disse, por meio de nota, que acompanha e monitora constantemente a situação de todas as escolas estaduais em função das chuvas intensas ocorridas em todo o Estado nos últimos dias.
A secretaria afirmou ainda que criou uma força tarefa para identificar as áreas mais afetadas e prestar todo o apoio necessário às unidades escolares na recuperação das infraestruturas atingidas. Até o momento, as escolas estaduais dos municípios de Abre Campo, Alto Jequitibá, Barra Longa, Belo Horizonte, Caeté, Carangola, Corinto, Curvelo, Espera Feliz, Faria Lemos, Governador Valadares, Itabira, Lajinha, Malacacheta, Manhuaçu, Matipó, Oratórios, Raposos, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Maria de Itabira, São Gonçalo do Rio Abaixo, São Pedro, Taparuba e Viçosa estão sendo monitoradas por apresentarem alguma avaria causada pelas chuvas.
Além delas, outras unidades, localizadas em áreas seguras, também estão servindo provisoriamente de abrigo para os moradores de cidades que estão fora de suas residências. “Vale ressaltar que, durante o período de férias, as escolas estaduais não realizam programas ou iniciativas educacionais. As unidades escolares realizam apenas os serviços administrativos, de segunda-feira a sexta-feira”, pontua o comunicado.