O juiz plantonista da Comarca de Rio Novo, Raul Fernando de Oliveira Rodrigues, deliberou, durante audiência de custódia,realizada na manhã desta quarta-feira (27), pela permanência da prisão do bombeiro militar da reserva de 53 anos, suspeito de matar a tiro o jovem Guilherme Augusto do Nascimento, 22 anos, que participava do “rolezinho de Natal”. A informação da conversão da prisão em flagrante para a preventiva foi confirmada à Tribuna pelo Tribuna de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG).
Segundo o Corpo de Bombeiros, o homem deve continuar preso no 4º Batalhão de Bombeiros Militar enquanto houver a determinação judicial. Ele foi encaminhado para o local após o delegado de plantão realizar o auto de prisão em flagrante na 1ª Delegacia Regional de Juiz de Fora, em Santa Terezinha.
Caso
Segundo informações do boletim de ocorrência registrado pela PM sobre o homicídio, que ocorreu em Matias Barbosa, cidade a cerca de 20 quilômetros de Juiz de Fora, várias motocicletas se deslocavam juntas para cometerem infrações de trânsito, com barulho excessivo – em muitos casos, por causa da retirada do escapamento -, oferecendo risco para pedestres e demais condutores. Muitas motos também estavam sem placas, podendo ser produtos de furtos ou roubos.
No decorrer do tumulto, houve a informação do assassinato em Matias, de possível integrante do “rolezinho”, que teria reunido cerca de 15 motos naquela cidade. O Samu observou que o jovem sofreu uma perfuração no tórax e confirmou o óbito. A moto que ele usava estava caída ao solo, sem placa. Ainda conforme a polícia, pelo sistema foi verificado que a vítima não possuía CNH. A Perícia da Polícia Civil constatou que a bala havia entrado pelo lado direito do peito, abaixo da axila, e saído pelo lado esquerdo do corpo, próximo ao ombro. Guilherme morreu no local.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, as medidas cabíveis estão sendo tomadas pela corporação diante do ocorrido. Em nota enviada à imprensa, é reiterado o compromisso com uma conduta exemplar dos militares, o que iria em conformidade com os valores da própria instituição. “Será instaurado um inquérito para apurar os fatos e as responsabilidades”, afirma o texto.