Um homem de 59 anos morreu após o carro que ele dirigia chocar-se contra uma vaca, no início da noite de quinta-feira (26), no km 71,2 da BR-267, próximo a Bicas. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o animal também não resistiu ao forte impacto. O motorista era morador de Belo Horizonte, e o corpo dele foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML) de Juiz de Fora. A vaca de cor preta não teria sido avistada pelo condutor. A batida deixou o capô e o pára-brisa do veículo destruídos. O automóvel foi removido por um guincho.
Dados da PRF mostram que, entre janeiro e março deste ano, foram registradas duas ocorrências ocasionadas por animais na pista na BR-267. A primeira foi na madrugada do dia 22 de janeiro, quando um veículo atropelou um animal que estava no meio da pista no km 119, em Juiz de Fora. Uma pessoa sofreu ferimentos leves. O segundo caso foi registrado em 12 de fevereiro, em Bom Jardim de Minas, também durante a madrugada. Foi uma saída de pista para desviar de animal no asfalto, resultando em seis feridos leves.
Na BR-040, no mesmo período, foram registradas 15 ocorrências no trecho entre Paracatu e Carandaí, sendo seis atropelamentos, dois capotamentos, cinco colisões, uma queda de ocupante de veículo e uma saída de pista. Ao todo, uma pessoa ficou gravemente ferida e outras sete tiveram escoriações leves.
Alerta
As queimadas são apontadas como perigosas, pois, além da fumaça diminuir a visibilidade dos motoristas, o fogo pode ocasionar danos às cercas das propriedades às margens das rodovias, contribuindo para que animais domésticos, suínos, equinos e bovinos saiam à procura de outros locais com pasto mais verde. À noite, em locais em que há muita criação de gado, a recomendação é que os condutores reduzam a velocidade para que seja possível uma reação ao ser surpreendido por um animal na pista.
Na época de frio, há uma ocorrência maior de bichos nas rodovias, devido à escassez de alimentos nos pastos, o que leva o gado a procurar as margens das estradas. Além disso, durante a noite, o asfalto conserva o calor que recebeu durante o dia, o que também é atrativo para os animais.
Responsabilização
Às pessoas que possuem propriedades às margens das rodovias, a PRF recomenda que realizem reparo nas cercas constantemente. E esclarece que, em caso de acidente, o dono do animal que tenha provocado a ocorrência poderá vir a responder pelo fato. No caso de o responsável ser identificado, é confeccionado um boletim de ocorrência que será enviado à Polícia Civil, sendo possível a instauração de um inquérito criminal, ficando sujeito a responder por homicídio culposo.
A PRF solicita aos condutores que tenham cuidado redobrado e, caso constatem a presença de animais soltos, informem imediatamente à unidade da PRF, da Polícia Militar Rodoviária ou à concessionária responsável pela via.