A empresa canadense Brookfield e a Elera Renováveis S.A. assumiram a responsabilidade de monitorar de perto o nível da barragem João Camilo Pena e da represa de Granada durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (26). A empresa Elera Renováveis S.A. esteve presente na reunião, que aconteceu em decorrência do clima de insegurança, aflingindo moradores ribeirinhos da região, que temem novas enchentes em Raul Soares, município localizado na Zona da Mata, a cerca de 287 quilômetros de Juiz de Fora.
Guilherme Barros de Mendonça, gerente regional de operações da Elera, assegurou que o acompanhamento já está sendo executado e que o nível mais alto de segurança está implementado. O diretor jurídico da Elera Renováveis S.A., Lucas Lagrotta de Souza, por sua vez, destacou que a empresa havia procurado o representante do Executivo municipal de Raul Soares da gestão anterior, além da Defesa Civil.
Apesar do posicionamento deles, José Luiz Barbosa, advogado e consultor do Movimento SOS Enchentes, observou que as medidas que foram apresentadas já tinham sido propostas desde 2020 pela própria população. Agora, o representante pede um termo de cooperação técnica, para garantir formalmente que as medidas cabíveis serão executadas. A comunicação entre a empresa e a comunidade ribeirinha também foi motivo de crítica, tecida pelo advogado.
Um requerimento feito pelo deputado Adriano Alvarenga (PP) solicitou aos representantes da empresa que a represa fique quatro metros abaixo de seu nível máximo, a partir do mês de novembro, época em que se inicia a estação mais chuvosa.