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‘Foi um comentário infeliz’, admite padre que desejou a morte de fiéis

padre firmimo
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O padre Antônio Firmino, da paróquia São João Batista, no município de Visconde do Rio Branco, se envolveu em polêmica no último domingo (23) ao desejar que “não apareça vacina” para fiéis sem comorbidades que não estão frequentando as celebrações devido ao receio pela pandemia de coronavírus. O vídeo, gravado e transmitido pela própria paróquia centenária, viralizou nas redes sociais e se tornou notícia pela contundência da fala do pároco. Em entrevista à Rádio CBN Juiz de Fora, nesta terça-feira (25), no entanto, Firmino admitiu a infelicidade da afirmação, apesar de ressaltar que a fala foi “tirada de contexto”.

Em um momento da celebração religiosa, padre Antônio Firmino afirmou que há fiéis com boas condições de saúde afirmando que só voltarão a frequentar a igreja quando houver uma vacina para a Covid-19, doença causada pelo coronavírus. “Tomara que não apareça vacina para essas pessoas. Ou que morram antes de a vacina chegar”, afirmou o padre. “Porque existem pessoas que não têm problema nenhum, que não estão no grupo de risco. Mas isso significa que a pessoa não tem fé nenhuma”, analisou.

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Nesta terça-feira, o padre, que se definiu como um “defensor da vida”, admitiu que exagerou na explanação. “Eu não desejo a morte de ninguém. Aliás, pena que as pessoas não coloquem toda a minha fala naquele domingo. Foi um comentário infeliz, meu, durante a missa. Durante a celebração, falei da igreja e do momento difícil que estamos vivendo”, justifica.

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Segundo Firmino, antes do polêmico trecho, ele defendia a vida ao se referir a aborto realizado por uma criança de 10 anos vítima de estupro no estado do Espírito Santo (ES). “Falei do aborto que aconteceu e disse que a vida é um dom sagrado que deve ser preservada desde a concepção até o fim natural. Eu disse que no Brasil não tem pena de morte, e por que que aquela criança tinha que ser condenada à morte? Eu sou plenamente a favor da vida, porque Deus é o Deus da vida”, complementa.

Questionado sobre a opinião dele a respeito das medidas de isolamento social defendidas pelos especialistas em saúde pública, padre Antônio Firmino concordou com a necessidade de cuidados durante a pandemia, garantindo que a paróquia São João Batista respeita os protocolos de higienização. “Eu falo que, sem exagero e gritaria, mas deve, sim (seguir o distanciamento). As missas que estão sendo feitas aqui são dentro das mais rígidas regras, observamos tudo. Dentro dos protocolos exigidos pelas leis sanitárias”, afirma.

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