A Polícia Civil informou, na tarde desta sexta-feira (25), que vai sugerir o arquivamento do processo judicial sobre o caso de possível envenenamento envolvendo o marido e o enteado de uma mulher de 61 anos, ocorrido no dia 13 de julho, em Cataguases. Com a morte da idosa, que é a suspeita de ter intoxicado as vítimas, o inquérito será concluído e encaminhado ao Poder Judiciário. Depois do ocorrido, o pai da criança já recebeu alta hospitalar, mas o filho, de 6 anos, segue hospitalizado na UTI pediátrica do Hospital Santa Isabel, em Ubá.
Durante as investigações, foi encontrada uma substância tóxica comumente utilizada como raticida, armazenada separadamente dentro do quarto da investigada. No entanto, os testes realizados especificamente no feijão consumido pelas vítimas apresentaram resultado negativo para a presença da substância, conforme a Polícia Civil.
Diante dos resultados da perícia, os policiais informaram que não é possível afirmar que o feijão tenha sido o alimento utilizado para a administração do veneno. Ainda assim, todos os elementos reunidos na investigação até o momento apontam que a substância encontrada no quarto da madrasta foi a utilizada na tentativa de envenenamento.
O caso
Ainda segundo a Polícia Civil, uma das vítimas relatou, em depoimento, que, no dia do ocorrido, consumiu macarrão, feijão e frango e que, ao perceber uma substância escura no fundo do prato, questionou a autora que alegou se tratar de tempero. A perícia também constatou que algumas vasilhas da residência haviam sido lavadas antes da chegada da equipe, o que, segundo eles, pode indicar tentativa de ocultação de vestígios.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Conrado Guedes, a motivação do crime estaria relacionada a conflitos anteriores da investigada com o pai do menino. Entre os fatos apurados pela investigação, estão a não aceitação do resultado positivo de DNA que comprovou a paternidade, a insatisfação com o pagamento da pensão alimentícia e relatos de ciúmes em relação à mãe da criança.
Em nota, a Polícia Civil informou que o laudo final das substâncias deve ser concluído nos próximos dias, assim como outros exames complementares, incluindo avaliação psicológica da investigada, exames toxicológicos para comprovação de autoenvenenamento e automutilação da suspeita, além de análise para verificar eventual ingestão de bebida alcoólica.