Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Leopoldina e Faria Lemos, dentro da Operação Glasnost, da Polícia Federal, nesta terça-feira (25), para localizar e arrecadar vestígios de prova do crime de exploração sexual de crianças e compartilhamento de pornografia infantil na internet. A sequência da operação acontece em todo o país, e, na região, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal de Juiz de Fora, cuja circunscrição abrange os municípios de Leopoldina e Faria Lemos, distantes cerca de 98 km e 250 quilômetros, respectivamente.
Quando foi deflagrada, em novembro de 2013, a Operação Glasnost (referência ao termo russo que significa transparência) realizou 30 prisões em flagrante por posse de pornografia infanto-juvenil e cumpriu 80 mandados de busca e apreensão. Além disso, as vítimas com idades de 5 e 9 anos foram resgatadas pela PF. Por meio do monitoramento de um site russo, usado pelos pedófilos como ponto de encontro, o órgão identificou centenas de usuários brasileiros e estrangeiros abusadores sexuais e também aqueles que compartilhavam o conteúdo criminoso na internet. Dentre o conteúdo apresentado, havia fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo bebês com poucos meses de vida sendo abusados sexualmente por adultos.
Nesta terça-feira, cerca de 350 policiais federais participam da deflagração de operação, cumprindo 71 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva e dois mandados de condução coercitiva espalhados em 51 municípios entre os estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco, Bahia, Ceará, Pará, Bahia, Piauí, Sergipe e Maranhão. Anteriormente à deflagração da segunda fase da operação, foram cumpridas medidas urgentes nas cidades de Porto Alegre (RS), Jundiaí (SP), Cachoeiro do Itapemirim (ES), Vila Velha (ES), Praia Grande (SP), Osasco (SP), Presidente Prudente (SP) e Campo Grande (MS), tendo em vista a identificação de casos concretos de abusos sexuais contra crianças. Em todos os casos foram presos os abusadores e identificadas as vítimas dos abusos.
O nome da Operação Glasnost é uma referência ao termo russo que significa transparência. A palavra foi escolhida porque a maior parte dos investigados utilizava servidores russos para a divulgação de imagens de menores na internet e para realizar contatos com outros pedófilos ao redor do mundo.