Ícone do site Tribuna de Minas

Incêndio consome 190 hectares de área verde em Ibitipoca

incendio ibitipoca by gabriel fortes capa
incendio ibitipoca by gabriel fortes 2
Área queimada equivale a mais de dois parques da Lajinha inteiros (Foto: Gabriel Fortes)
PUBLICIDADE

Apesar do esforço de 25 combatentes, as chamas consumiram 190 hectares de vegetação na região da Serrinha, em Conceição do Ibitipoca. Para se ter uma ideia da dimensão, a área queimada equivale a mais de dois parques da Lajinha inteiros, já que a unidade de conservação de Juiz de Fora possui cerca de 88 hectares. O fogo no distrito de Lima Duarte só foi totalmente extinto neste sábado (21), após mais de 24 horas de trabalho, e chegou a apenas dois quilômetros de distância do Parque Estadual do Ibitipoca, conforme a gerente, Clarice Silva. Mesmo assim, o local conhecido por suas exuberantes trilhas e cachoeiras funciona normalmente e recebeu mais de 900 visitantes neste dia.

“Estamos fazendo rescaldo desde as 5h para evitar reignição, com 25 combatentes do parque, parceiros e voluntários. No momento está tudo tranquilo, esperamos que até as 14h possamos considerar que o incêndio está debelado”, informou Clarice ainda no fim da manhã, confirmando a boa notícia à tarde. Segundo ela, apesar de as labaredas terem ameaçado propriedades e queimado um chalezinho de madeira usado para guardar ferramentas, não houve danos em outras edificações. No entanto, além da enorme área verde, o fogo consumiu um plantio de oliveiras.

PUBLICIDADE

“Os prejuízos são muitos. Perda de biodiversidade, paisagem adulterada, investimentos de produtores rurais, custos de combate, desgastes físico e psicológico dos brigadistas”, destacou a gerente do Parque Estadual. Além disso, segundo a especialista, “a resiliência da Mata Atlântica vai diminuindo a cada incêndio. Cada vez que é queimada tem mais dificuldade para se regenerar”. Ela lembrou que ocorrências do tipo, infelizmente, estão acontecendo em todo território nacional.

PUBLICIDADE

A região da Serrinha fica a poucos quilômetros da vila e do Parque Estadual do Ibitipoca. O fogo foi detectado na área por volta das 12h30 de sexta-feira e chegou a ser controlado no fim da tarde, quando quatro militares do Corpo de Bombeiros de Juiz de Fora também chegaram ao local para auxiliar os brigadistas. No entanto, as chamas voltaram a aumentar no início da noite. Graças à queda da temperatura e o aumento da umidade do ar no decorrer do período noturno, as labaredas não se alastraram durante a madrugada, conforme explicou Clarice. “À noite o incêndio dá uma acalmada.” Às 5h da manhã, a equipe já estava de prontidão novamente e analisou o espaço afetado, com auxílio de computador, determinando as estratégias a serem adotadas antes de ir a campo.

Na sexta, a gerente da unidade de conservação havia adiantado que não há como saber a origem do incêndio, “porque podem ser várias causas”. Uma queimada bem menor já havia ocorrido na mesma área na última quarta. Na noite daquele mesmo dia, o fogo começou a destruir parte da mata do Parque Estadual da Serra Negra, na região entre Lima Duarte e Olaria. As chamas foram controladas na quinta, quando uma aeronave da PM deu apoio, mas reascenderam, sendo totalmente contidas na sexta, quando teve início a ocorrência na Serrinha. A área danificada na Serra Negra foi de, aproximadamente, 20 hectares, de acordo com o gerente da unidade de conservação, Tales Antônio da Fonseca. Muitos brigadistas atuaram nas três situações, auxiliados pela própria população, que ajudou no fornecimento de água potável e comida.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile