Dois tremores de terra foram registrados na cidade de Muriaé, cerca 200 quilômetros de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. O primeiro deles teria ocorrido por volta das 15h30, e o outro, próximo das 16h, desta sexta-feira (21). Os dois registros foram feitos pelo Laboratório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB). Conforme a unidade, houve relatos de outras ocorrências semelhantes no município também nesta sexta. Entretanto, os equipamentos só conseguem capturar eventos acima de dois graus na Escala Richter. Os dois abalos foram de magnitude de 2,2 e 2,4 graus na escala.
O pelotão do Corpo de Bombeiros daquela cidade informou que chegaram muitos relatos para a corporação a respeito dos tremores, abrangendo todo o município, sendo deslocadas equipes para verificação das ocorrências. Ao longo das vistorias, foram constatados queda de pastilhas de fachadas de prédios, vidros quebrados e surgimento de pequenas trincas. Não houve registro de feridos.
Ainda conforme os bombeiros, a princípio, devido aos tremores, desconfiou-se que poderiam ser explosões para retirada de pedras, uma vez que existem muitas pedreiras na região. O coordenador da Defesa Civil de Muriaé, Leandro Cunha, relatou que, primeiramente, o órgão recebeu inúmeras ligações de dois bairros, mas, depois, as chamadas começaram a se originar de diversas regiões, relatando tremores e barulhos. “Imediatamente, duas equipes da Defesa Civil e dos Bombeiros foram a campo para diagnosticar o que estava acontecendo e, além disso, recebemos uma atualização da UnB, confirmando os tremores”, afirmou Cunha, acrescentando que a população ficou preocupada e assustada, apesar não de terem sido registrados casos de feridos, nem de danos mais graves.
Como apontou a Defesa Civil, os bairros que mais sentiram os tremores foram: Aeroporto, Barra, Dornelas, Gaspar, Planalto, São José, São Joaquim, União e Vila Leite. De acordo com o coordenador da Defesa Civil, depois dos tremores, a população foi orientada, e a Prefeitura da cidade ficou mobilizada para agir e dar uma resposta rápida caso necessário. A Defesa Civil irá permanecer em contato com as universidades de São Paulo e Brasília para monitoramento.