Um motorista de 42 anos viveu momentos de tensão ao ser rendido por bandidos armados durante o roubo a um caminhão-baú dos Correios na BR-040, na madrugada desta quinta-feira (19), na altura de Ewbank da Câmara, a cerca de 30 quilômetros de Juiz de Fora. Em entrevista à Tribuna, o caminhoneiro contou que o crime aconteceu por volta das 2h, quando seguia pelo trecho da rodovia na rota Rio de Janeiro/Belo Horizonte, transportando mercadorias do serviço Sedex em um veículo Mercedes-Benz, com placa de Maringá (SP). Logo após passar pelos radares com velocidade máxima permitida de 30km/h, o condutor foi interceptado pelos ocupantes de um utilitário esportivo SUV prata. Armados, dois criminosos desembarcaram e entraram na cabine pela janela do caminhão.
“Eles emparelharam comigo, apontando a arma e mandando eu parar”, contou o motorista. Sob a mira de uma pistola, ele foi obrigado a dirigir até uma estrada vicinal na região da serra de Barbacena. Apesar da gravidade da ação, a vítima disse que os ladrões não agiram com violência física. “Eles falaram para eu não reagir porque nada iria acontecer, só queriam a carga.” O caminhão foi acompanhado até o local ermo pelo veículo prata em cobertura, mas não foi possível identificar o número de comparsas. “Eles foram passando as mercadorias para a SUV. Entraram no baú e pegaram pacotes aleatórios. Rasgavam, viam o que era e, se fosse interessante, levavam”, contou o caminhoneiro, sem saber dimensionar o tamanho do prejuízo à empresa.
Antes da fuga, os assaltantes ainda trancaram a vítima dentro do compartimento de carga. “Quando acabaram de roubar, me colocaram dentro do baú. Amarraram a porta e falaram para eu não sair.” O condutor só foi libertado com a chegada da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que teria sido acionada pela empresa de segurança responsável pelo rastreamento do caminhão.
O caminhoneiro não conseguiu identificar muitas características dos criminosos, porque eles usavam casacos com capuz e jogavam a lanterna contra o rosto dele em meio à escuridão. A vítima disse ter sido esta a primeira vez em que sofreu um assalto durante o transporte de mercadorias. “Procurei manter a calma. Graças a Deus, não fizeram nada comigo”, desabafou.