A água de Ewbank da Câmara não pode ser ingerida, nem utilizada para higiene pessoal ou para preparar alimentos. O alerta foi feito por um relatório do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com base em amostras analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) no fim de junho.
Na análise, solicitada pelo Procon-MG, foram encontrados coliformes totais e “Escherichia coli” (uma bactéria encontrada naturalmente no intestino de humanos e animais). De acordo com o MPMG, esses microrganismos indicam problemas sanitários que podem causar diversas doenças.
Também foram detectados índices acima do limite permitido de alumínio e ferro. O primeiro pode causar problemas renais e neurológicos, e o segundo pode alterar o sabor da água.
Segundo Roger Silva Aguiar, promotor de Justiça, as autoridades de Ewbank estariam cientes do problema há anos, mas nenhuma providência foi tomada. “Apesar de ter sido deferida uma liminar determinando que o município fizesse o tratamento da água, nada foi feito. No mês passado, a Prefeitura declarou que pretende construir uma estação de tratamento. Registre-se apenas que a Prefeitura fez uma declaração igual no ano de 2015, quando o prefeito anterior deixava o governo”. O atual prefeito, José Maria (Cidadania), também deixará o governo no fim deste ano, pois cumpre o segundo mandato consecutivo.
O Ministério Público reforça que oferecer qualquer produto impróprio para consumo é prática infrativa. O órgão orienta que os responsáveis pelo sistema de abastecimento e as autoridade de saúde pública de Ewbank da Câmara devem elaborar um plano de ação o mais rápido possível para corrigir os problemas, coletando e analisando amostras de água ao longo de vários dias, até que o resultado seja adequado.
A Tribuna pediu um posicionamento à Prefeitura do município e aguarda retorno.