O Corpo de Bombeiros contabilizou 17 afogamentos no estado de Minas Gerais em 2023. Desses, cinco foram registrados pelo 4º Batalhão de Bombeiros Militar (4ºBBM) de Juiz de Fora. Em virtude da recorrência e dos riscos neste período do ano, a corporação alerta para os cuidados necessários para evitar este tipo de incidente.
Em 2022, os bombeiros registraram 725 afogamentos no estado, sendo 32 na região próxima a Juiz de Fora. De acordo com Tenente Canavez, do 4º BBM, um estudo do setor de planejamento do batalhão, realizado no ano passado, concluiu que os locais de ocorrências desse tipo são diversificados, bem como o perfil das próprias vítimas.
“É um perfil mais genérico: tem criança, adolescente, idoso. Isso acontece quando a pessoa tenta realizar uma atividade desacompanhada ou não tem conhecimento da região, ou não tem uma habilidade natatória tão boa.”
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Ainda conforme o tenente, por conta do calor, a procura pela atividade de banho aumenta. Em rios, lagos, cachoeiras, ou outros cursos naturais, os riscos se ampliam por conta de correntezas ou mesmo pelas cheias dos rios devido ao período chuvoso. “A habilidade natatória por si só não evita o afogamento porque a gente tem outros riscos relacionados nesses locais, como correnteza e galhada, por exemplo, onde a pessoa pode agarrar no fundo e se afogar”, aponta.
Saiba como evitar riscos
Desta forma, o bombeiro militar aponta que a principal orientação é que as pessoas procurem locais seguros para nadar ou para se banhar, de preferência, em pontos que contam com guarda-vidas. “Evite brincadeiras de mau gosto como trote, evite saltar de locais elevados porque, dependendo do local, por exemplo, em uma cachoeira, pode ser que tenha pedra no fundo e isso pode causar uma lesão”, comenta o tenente. “Para quem já é adulto, pedimos que evite ingerir bebida alcoólica porque isso tira a percepção da pessoa do risco na hora do nado.”
Para pais ou responsáveis por crianças, a orientação do Corpo de Bombeiros é que fiquem atentos por elas não terem a mesma percepção de riscos como adultos têm. “Em um momento de descuido, pode acontecer algum acidente”. O tenente Canavez aponta, também, que em locais próximos de embarcações, é importante manter uma distância para evitar choques, por exemplo.
Caso alguma pessoa próxima venha se afogar, o militar também explica que a pessoa não deve entrar na água para tentar ajudar, pois isso pode levar a mais vítimas. “Pode pegar um galho ou uma corda, algum outro objeto flutuante, e arremessar para essa pessoa pra que ela segure esse objeto e seja trazida à margem com segurança.”
Ocorrências na região
As ocorrências de afogamento na região aconteceram em Juiz de Fora, Além Paraíba, Guarani e Mar de Espanha. No último dia 5, o corpo de um homem foi encontrado na represa de São Pedro, localizada no bairro homônimo, em Juiz de Fora. Conforme informações dos bombeiros, ele foi vítima de afogamento e foi localizado bem distante da margem.
Há 10 dias, os bombeiros também buscam um idoso de 60 anos que teria se afogado em Além Paraíba. A vítima teria ingerido bebida alcoólica e escorregou na beira do Rio Paraíba do Sul.
Já no último domingo (15), uma menina de 8 anos e um menino de 6 anos desapareceram enquanto estavam nadando na Cachoeira Socó, em Guarani. O Corpo de Bombeiros localizou, na tarde desta terça-feira (17), o corpo do menino a cerca de quatro quilômetros do local onde submergiu. Os militares seguem empenhados nas buscas pela outra vítima.
Na manhã desta quarta, os militares também encontraram o corpo de um jovem de 19 anos que desapareceu na tarde desta terça (17), enquanto nadava em uma cachoeira em Mar de Espanha. O incidente aconteceu próximo à área urbana do município.