A Diocese de Leopoldina comunicou, na última sexta-feira (12), o afastamento do padre Antônio Firmino Lopes Lana, pároco da Igreja de São João Batista, em Visconde do Rio Branco (MG), município da Zona da Mata a cerca de 130 quilômetros de Juiz de Fora. O anúncio foi feito pela assessoria de imprensa no site oficial da diocese e destaca o desligamento “do ministério sagrado e de qualquer outro ofício ou encargo eclesiástico, por tempo indeterminado, nos termos do Cân. 1722, do Código de Direito Canônico”. https://dioceseleopoldina.com.br/comunicado-2/
A norma citada, criada pela Igreja Católica, diz: “Para evitar escândalos, defender a liberdade das testemunhas e garantir o curso da justiça, o Ordinário, ouvido o promotor da justiça e citado o próprio acusado, em qualquer fase do processo, pode afastar o acusado do ministério sagrado ou de qualquer ofício ou cargo eclesiástico, e impor-lhe ou proibir-lhe a residência em determinado lugar ou território, ou proibir-lhe a participação pública na santíssima Eucaristia; tudo isto deve ser revogado, se cessar a causa que o motivou, e pelo próprio direito caduca, com a cessação do processo penal.”
A Diocese não informou o motivo do afastamento, no entanto, o pároco em questão esteve envolvido em uma polêmica em agosto do ano passado, quando sua declaração durante uma missa viralizou nas redes sociais. Em trecho do vídeo ele dizia: “E a gente vai vendo quem, realmente, ama a Eucaristia. Porque tem alguns católicos, engraçado, que têm saúde, têm tudo, e dizem: ‘Eu só vou à Igreja quando tiver a vacina.’ Tomara que não apareça vacina para essas pessoas, né. Ou que morram antes de a vacina chegar, não é?”
O pároco chegou a se desculpar publicamente, em vídeo veiculado no site da Diocese de Leopoldina. https://dioceseleopoldina.com.br/retratacao-do-revmo-padre-antonio-firmino-lopes-lana/
Ele considerou seu comentário “infeliz” e pediu desculpas, querendo se retratar, porque houve alguns “transtornos”: “Quem me conhece sabe que eu luto pela vida plena, desde a sua concepção até o seu fim natural (…) Quero pedir desculpas àquelas pessoas que se sentiram ofendidas, machucadas com as minhas palavras (…) Rezem por mim, eu sou fraco também, sou pecador, tenho as minhas misérias e preciso da misericórdia de todos vocês (…)”
No comunicado da última sexta, a Diocese de Leopoldina informou que o bispo Dom Edson José Oriolo dos Santos designou para a função de administrador da Paróquia de São João Batista o padre Renato César Stampini Oliveira, sem prejuízo de seus demais ofícios.