A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que investiga as circunstâncias que levaram à morte da escrivã de polícia Rafaela Drumond, de 31 anos. A corporação, entretanto, não detalhou as investigações. No dia 9 de junho, a policial foi encontrada morta na casa dos pais, no município de Antônio Carlos, no Campo das Vertentes.
Em nota encaminhada à Tribuna, a corporação informou que o procedimento foi relatado e remetido dentro do prazo legal à Promotoria de Justiça na Comarca de Carandaí. “Tratou-se de uma investigação minuciosa e complexa, em que foram realizadas diversas diligências, destacando-se as oitivas de testemunhas e de envolvidos, a extração e análise dos dados do aparelho telefônico da escrivã, além da elaboração de outros laudos periciais. O inquérito policial, que tramitou sob sigilo, será analisado pelo Ministério Público, órgão de fiscalização e controle externo da atividade policial, a quem cabe propor eventual ação penal“, informa a nota.
A PCMG também esclareceu que tramita na Corregedoria-Geral da Polícia Civil sindicância administrativa com o objetivo de apurar possíveis infrações disciplinares por parte de seus servidores. Não foi divulgado se alguma pessoa foi indiciada, a PCMG salienta o caráter sigiloso da investigação, não sendo possível a divulgação de informações mais detalhadas.
Ocorrência foi registrada como suicídio
Como mostrou a Tribuna à época, após a ocorrência ter sido registrada como suicídio por disparo na cabeça, denúncias surgiram de que a policial enfrentava diversos tipos de assédio no ambiente de trabalho, a Delegacia de Carandaí, que fica a aproximadamente 130 quilômetros de Juiz de Fora.
Naquele mês, dada tamanha repercussão do caso, inclusive através do Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindep/MG), a Polícia Civil se posicionou tomando as ações necessárias para apurar as circunstâncias da morte de Rafaela, e um procedimento disciplinar e inquérito policial foram instaurados pela instituição.