Um policial penal, que trabalhava no Presídio de Rio Pomba, foi preso preventivamente na manhã desta segunda-feira (14). Segundo investigações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o agente público foi denunciado pela prática de oito crimes de corrupção passiva, consistente na solicitação e no recebimento de propina para repassar a criminosos informações internas da Polícia Penal mineira, dos órgãos de segurança pública e da tramitação do cumprimento da pena privativa de liberdade imposta.
Além da prisão preventiva, a perda do cargo público do investigado e a sua condenação ao pagamento de R$ 10 mil referente ao dano moral coletivo foram requeridos. A prisão é decorrente da Operação Game Over, que está na terceira fase. Outro policial penal já havia sido preso em Juiz de Fora, fruto de investigação da mesma manobra.
A operação é destinada a apurar a prática de crimes de corrupção passiva, concussão e tráfico de drogas praticados por agentes públicos e terceiros no âmbito do Sistema Prisional.
O cumprimento do mandado de prisão preventiva foi realizado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional da Zona da Mata, unidade de Visconde do Rio Branco.
Relembre o caso
A primeira fase da Operação Game Over foi deflagrada em 17 de fevereiro deste ano pelo MPMG, por meio do Gaeco Zona da Mata, unidade de Visconde do Rio Branco, em conjunto com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Polícia Militar e Polícia Penal.
Essas ações fazem parte de uma investigação sobre um esquema criminoso formado por agentes públicos, presos e suspeitos ainda sem identificação, que auxiliariam a entrada de drogas e aparelhos celulares no interior de estabelecimentos prisionais situados na Zona da Mata mineira, mediante o pagamento de propina e favores indevidos.
Até o momento, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão temporária nos municípios de Juiz de Fora e Rio Pomba.