Um homem de 40 anos, suspeito de ser o mandante do homicídio de Wellington da Silva Andrade, de 33 anos, em Muriaé, foi preso nesta terça-feira (12). O crime, ocorrido em outubro de 2023, teve a vítima morta no município localizado a cerca de 160 quilômetros de Juiz de Fora e desovada na área rural de Eugenópolis. Dois outros investigados estão atualmente presos.
Segundo a equipe da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) responsável pelas investigações de homicídios, o suspeito é conhecido por ser agiota e tem ligações com o tráfico de drogas. Durante o cumprimento do mandado de prisão e de busca e apreensão, foram localizadas armas, munições e material relacionado à agiotagem.
O delegado do caso, Glaydson de Souza, explicou que em razão da atividade de agiotagem, o suspeito realizava cobranças utilizando ameaças, armas de fogo e até mesmo um taco de beisebol contra algumas pessoas da cidade. A motivação do delito está relacionada a uma dívida que a vítima possuía com o suspeito, que vinha realizando cobranças reiteradas.
“Após os executores ceifarem a vida da vítima, enviaram a foto do corpo para o mandante como forma de confirmar o homicídio; posteriormente, foram até a casa do mandante e receberam a quantia de R$ 2 mil, explica o delegado.
O suspeito foi encaminhado ao sistema prisional, enquanto os dois executores permanecem presos. Um deles, inclusive, foi localizado na última quinta-feira (7) em uma comunidade no Rio de Janeiro, conforme informações da PCMG. O outro foi preso em fevereiro.
O caso de homicídio
O corpo de Wellington foi encontrado com pés e mãos amarrados, sob um lençol, na Zona Rural de Eugenópolis, local para onde foi transportado para que o corpo fosse desovado. O homicídio teria ocorrido em Muriaé, em uma residência para onde a vítima teria sido atraída pelo suspeito de 39 anos. No local, ele foi agredido e estrangulado com a ajuda do jovem de 22 anos.
Na casa em que teria ocorrido o homicídio, residência do suspeito preso nesta quinta, a polícia revelou que encontrou vestígios de sangue, além de parte dos fios usados no estrangulamento. Para o delegado Glaydson, o caso suscita uma investigação complexa.
“Trata-se de mais uma investigação complexa, pois a vítima foi abandonada em uma Zona Rural, em um município distante do local de sua execução. A DHPP, mais uma vez, reitera que crimes de tal gravidade não ficarão impunes, mesmo que os envolvidos busquem refúgio em áreas afetadas pelo tráfico carioca”.