Colegas, conhecidos e amigos de Sócrates Francisco Lage Baldute, de 43 anos, conhecido como Chiquinho, protestaram, nesta segunda-feira (10), a morte do músico, conhecido por suas apresentações culturais em Conceição do Ibitipoca, distrito de Lima Duarte. Chiquinho foi encontrado com um ferimento na cabeça, em uma rua da vila, e foi a óbito na última sexta-feira (7), após ficar 40 dias internado em UTI.
Ainda não se sabe o que teria causado o ferimento que causou a morte de Chiquinho. A falta de respostas motivou o protesto e a comunidade buscas por respostas e “justiça”. Na manifestação, que ocorreu no centro do distrito e nas sedes do Fórum de Justiça e da Polícia Civil de Lima Duarte, participantes carregavam cartazes com os dizeres “Mataram nosso amigo. E agora?”, “Calaram sua voz e seu violão” e, ainda, “Não vamos ficar em silêncio”. Para a amiga Cleusa Maria, que esteve presente no ato, os moradores reivindicam entender o que aconteceu com Chiquinho. “Até agora não foi informado nada, já são mais de quarenta dias. Também estamos cobrando um policiamento efetivo aqui em Ibitipoca”, afirmou.
Ibitipoca ainda não participa da Rede Integrada de Proteção ao Turismo
O distrito de Conceição do Ibitipoca ainda não participa efetivamente da Rede Integrada de Proteção ao Turismo, idealizada inicialmente com a intenção de garantir mais segurança para um dos principais polos turísticos da Zona da Mata. A adesão ao programa, que é mantido por meio de uma parceria entre prefeituras e o Governo de Minas, aconteceu em uma cerimônia realizada com o governador Romeu Zema (Novo) em julho do ano passado na cidade de Lima Duarte.
Entretanto, desde então, itens como as instalações de uma patrulha de vigilância e de uma base policial no distrito ainda não foram realizadas. Em comunicado à imprensa, divulgado em julho de 2022, o Secretário de Administração, Turismo, Cultura, Esporte e Lazer da Prefeitura de Lima Duarte, Allisson Vilela, havia ressaltado que, desde 2016, a vila de Ibitipoca estava sem policiamento efetivo. A Tribuna questionou ao Governo de Minas e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) sobre como está o processo de adesão do distrito ao programa de proteção, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.