Nesta sexta-feira (7), Sócrates Francisco Lage Baldute, de 43 anos, conhecido como Chiquinho, veio a óbito após 40 dias internado na UTI. Ele era conhecido por ser músico em Conceição do Ibitipoca, distrito de Lima Duarte, e por fazer shows em quase todo final de semana, sendo definido por amigos e familiares como alguém habilidoso, com a voz forte e apaixonado pelo que fazia.
Chiquinho deixou três filhas, de 1, 2 e 10 anos. Sua ex-mulher, Núbia 1Reis, afirma que ele era o melhor músico que ela já viu, e que “a guitarra falava por ele“. Para ela, ainda é difícil acreditar na situação. Com o tempo que esteve na UTI, Núbia afirma que ela, as filhas e a mãe de Chiquinho, Cecília, mantiveram esperança, mesmo sabendo que a situação era bem grave. “Ele era um pai muito amoroso. É um momento muito difícil, ainda mais pela forma como aconteceu. A gente não consegue entender. Preciso saber o que vou falar para as minhas filhas no futuro”, afirma.
Os moradores de Ibitipoca, onde Chiquinho vivia, afirmam que o corpo do músico teria sido encontrado com um ferimento na cabeça, e que ele estava recebendo cuidados médicos, em situação grave, até a data do óbito. A Tribuna solicitou informações sobre o caso para a Polícia Militar, mas ainda não obteve respostas.
Músico que mora em Ibitipoca, Fred Fonseca definiu Chiquinho como uma figura única na vila. “Ele tinha uma voz forte e pulsante. Gostava de tocar Pink Floyd, e era um cara muito habilidoso. Uma das guitarras dele, foi ele quem fez, e tinha maior orgulho disso. Era bem hábil mesmo, tanto musicalmente quanto cantando”, afirma. Ele vai fazer uma falta danada porque é daqui da vila, é cria daqui. É delicado dizer adeus pra um cara que você via sempre, que tinha essa presença. Estamos nos despedindo de um músico de Ibitipoca.