
Um juiz-forano está entre os nove presos suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em assaltos e ataques a transportadoras de valores na região da Zona da Mata. O grupo criminoso foi capturado pela Polícia Militar em Leopoldina na manhã desta terça-feira (8). Dezesseis armas, entre elas submetralhadoras e um fuzil, cerca de 500 munições de vários calibres, além de cinco carros, foram apreendidos. Os criminosos foram presos em um sítio às margens da BR-116. A PM não descarta que outras pessoas façam parte do bando. O caso será investigado pela Polícia Civil.
Conforme balanço da PM foram encontrados um fuzil AR 15 de calibre 556, duas submetralhadoras de calibre 9 milímetros, três carabinas de calibres 380 e 556, sete pistolas nove milímetros e um revólver. Foram apreendidos ainda 236 cartuchos de munição 556, 115 de calibre nove milímetros, 41 cartuchos de munições calibre 380 e outros 42 cartuchos de calibre 12. A PM encontrou também cinco carregadores de calibre 556, 12 de nove milímetros e uma de calibre 380. Quatro coletes balísticos, R$ 1.411, uma nota de 20 mil guaranis (moeda paraguaia), $ 1 dólar e uma nota de mil colones (moeda da Costa Rica) estavam na propriedade rural.
Até o momento, um balanço da PM aponta que foram encontrados um fuzil AR 15 de calibre 556, duas submetralhadoras de calibre 9 milímetros, três carabinas de calibres 380 e 556, sete pistolas nove milímetros e um revólver.
Os militares encontraram ainda quatro camisas pretas com símbolo da Polícia Civil e um distintivo da corporação, além de uma touca ninja. O grupo criminoso estava com um bloqueador de celular com 12 antenas, 17 celulares, 10 cartões de bancos, três cordões, dois relógios e um crucifixo. Cinco veículos também foram apreendidos nas cidades de Muriaé e Leopoldina, um deles blindado. Ainda conforme a PM, alguns dos carros foram clonados por bandidos.
Além do homem de Juiz de Fora, a quadrilha era composta por pessoas de Belo Horizonte, Contagem, Muriaé, Estrela Dalva, Nanuque e Campina (SP). Todos eles têm passagens pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas e roubo. A PM já vinha fazendo o acompanhamento do grupo, e desencadeou uma ação envolvendo dois batalhões, o 21º e o 47º, com apoio da 4ª Companhia de Policiamento Especializado, sediada em Juiz de Fora. A manobra contou com o apoio do helicóptero Pégasus e de cães policiais.
Diligências continuam
À Tribuna, o delegado regional de Leopoldina, Carlos Eduardo Rodrigues, informou que a ocorrência chegou no início da noite desta terça-feira à Polícia Civil. Ainda segundo ele, a segurança da delegacia foi reforçada, tendo em vista a ocorrência de possíveis conflitos. Os policiais irão continuar as diligências a fim de trocar informações com a delegacia da cidade de Muriaé e com o Departamento de Investigações de Crimes Contra o Patrimônio da Polícia Civil para analisar todos os vínculos dos integrantes da organização. “Precisamos saber em quais locais eles pretendiam atuar e em quais já praticaram crimes.Na região, apenas em Muriaé e Leopoldina há empresas de transporte de valores. Iremos apurar ainda como se dava o esquema, principalmente por eles estarem na BR-116 e, possivelmente, terem como destino, empresas da cidade vizinha Muriaé”, finalizou. Após serem ouvidos, os presos deverão ser encaminhados a unidades prisionais.
Já a Polícia Militar ressaltou que o resultado da ação se deu graças ao setor de inteligência de segurança pública e destacou que a “Polícia Militar de Minas Gerais agiu de maneira cirúrgica, impedindo e prendendo essa quadrilha que tinha intenções de atuar na Zona da Mata mineira”. Os presos e materiais apreendidos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil em Leopoldina. A PM orienta que a população, em caso de ter informações anormais da rotina de sua cidade ou zona rural, “principalmente de propriedades com movimentações atípicas e duvidosas”, entre em contato pelo Disque Denúncia Unificado, o telefone 181, ou ainda pelo 190. O anonimato será preservado.