Um homem, de 36 anos, foi assassinado a tiros, após confusão em uma casa noturna, na madrugada de segunda-feira (6), às margens da BR-040, na altura de Barbacena, a cerca de cem quilômetros de Juiz de Fora. Por volta das 4h, a Polícia Militar foi acionada por meio de denúncia de disparos próximo ao estabelecimento. Seguranças informaram aos militares que os envolvidos na briga haviam sido colocados para fora, entretanto, um empresário, 36, suspeito do assassinato, teria retornado ao local minutos depois em um veículo e atirado do lado externo da boate. Ele acabou preso em flagrante durante atuação da PM.
Uma cápsula deflagrada de pistola 9mm foi entregue à polícia por um dos funcionários após o crime. Em seguida, diante da suspeita de autoria, a PM seguiu até o Bairro Santa Luzia para tentar localizar o empresário, quando recebeu informações de que havia um homem caído ao solo. A vítima foi identificada como Leandro Rosa do Nascimento. Próximo ao corpo estava o veículo que ele dirigia momentos antes de ser morto, parado no meio da via ainda com motor ligado. O portão da garagem da casa dele estava aberto, indicando que o motorista estaria chegando para estacionar, quando foi surpreendido pelo tiro.
Uma vizinha contou à PM ter escutado quatro disparos, seguidos por gritos de socorro, enquanto o suposto atirador fugia correndo. O óbito foi confirmado pelo Samu, e a Perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos, identificando uma perfuração à bala no alto da cabeça da vítima.
A polícia conseguiu autorização para realizar buscas na casa do empresário e encontrou no imóvel uma camisa suja de sangue, 20 munições intactas 9mm, um carregador e uma maleta de pistola. O veículo que teria sido utilizado na ação criminosa também foi apreendido e, como teria marcas de sangue, foi periciado.
Segundo a PM, imagens de câmeras de segurança revelaram que a mulher do empresário, 35, estaria ao lado dele no carro no momento dos disparos. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, ao ser questionado durante a prisão, o suspeito negou a prática do assassinato. Ele contou aos militares que estava na boate com sua companheira e amigos, quando houve atrito entre a vítima, que seria seu amigo de infância, e outras pessoas. O homem alegou ter sido atingido por algum objeto, como uma garrafa, sofrendo um pequeno corte em um dedo da mão esquerda, o qual sangrou e sujou sua camisa. Em sua versão, depois disso, teria procurado outro local para beber e, como não achou, foi embora para a sua residência, onde depois foi abordado pelos policiais.
As diligências foram acompanhadas por advogado do suspeito. O empresário foi encaminhado à delegacia, mas a pistola usada no crime não foi encontrada. O caso é investigado pela Polícia Civil.