As urnas eletrônicas chegaram em Juiz de Fora no dia 29 de agosto e, desde então, estão armazenadas e protegidas pelos militares no 2º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), que fica no Bairro Santa Terezinha, região Nordeste da cidade.
Havendo 1.257 seções eleitorais, são 1.257 urnas, mais cerca de 80 reservas. Para o transporte delas, a Justiça Eleitoral requisita alguns veículos de outros órgãos do município, como a UFJF, Prefeitura, Câmara Municipal e Tribunal de Justiça, além da Astransp, que fornece ônibus de transporte urbano.
Os veículos vão até o batalhão no sábado (5) e são carregados. A maioria é transportada no domingo (6) de manhã cedo, e algumas ainda no sábado à noite, todas escoltadas pela PM.
Juntando as quatro zonas eleitorais, são cerca de mil pessoas envolvidas no chamado “apoio logístico”, ou seja, o carregamento, transporte e recolhimento, além das pessoas que ficam nos locais de votação, como coordenadores de acessibilidade.
Chegada a Juiz de Fora
As informações foram repassadas à Tribuna pelo analista Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MG) e coordenador do Cartório Eleitoral de Juiz de Fora, Eduardo Braga.
Ele ainda explica que as urnas vieram de Belo Horizonte, em dois grandes caminhões dos Correios, por um convênio do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) com a estatal.
As portas dos caminhões são lacradas e os servidores da Justiça Eleitoral observam o corte do lacre, no momento em que chegam. Apenas esses servidores e colaboradores têm acesso a ela, depois que chegam ao ginásio da PM.
Checagem do funcionamento
Depois disso, foi realizado um procedimento chamado “aceite das urnas”, em que os servidores analisam se elas estão em bom estado físico, e fazem o autoteste, em que verificam se as teclas, o som e tudo está em funcionamento.
Na semana passada, foi feita a carga das urnas, que é a inserção dos dados dos candidatos e dos eleitores em cada uma, em uma cerimônia pública. Nesse momento, os equipamentos que antes eram aleatórios se tornam específicos de cada seção.
À medida em que cada urna é carregada, também tem todos seus compartimentos lacrados, para que ninguém os acesse. Os lacres físicos são produzidos na Casa da Moeda do Brasil. Se ele for rompido, os servidores conseguem perceber.
Por fim, nesta semana, eles fizeram a última vistoria, que chamam de “cerimônia de data e hora”, justamente para verificar se essas informações estão em funcionamento correto, já que, depois disso, a urna só voltará a funcionar a partir das 7 horas do dia das eleições.
Quase 5 mil mesários
Além do pessoal envolvido nos procedimentos com as urnas anteriores ao domingo, também foram convocados 4.983 mesários. Para efeito de comparação, nas últimas eleições municipais foram 4.222 em Juiz de Fora e, nas eleições de 2016, 4.584.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste ano, 3.790 são voluntárias e voluntários e 1.193 não são. Dois terços são mulheres, e a maioria tem de 40 a 44 anos. A maior parte dos mesários também é de pessoas solteiras e que possuem Ensino Superior completo.