O presidente Jair Bolsonaro (PL) se mantém em silêncio há mais de 12 horas após a derrota no segundo turno para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Até as 9h desta segunda-feira (31) o presidente não havia se pronunciado em público ou em suas redes sociais.
Bolsonaro recebeu a visita do filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por volta das 7h40. O parlamentar chegou ao Palácio da Alvorada, em Brasília, dirigindo seu carro. O coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente, também chegou cedo à residência oficial.
Isolado
Isolado no Palácio do Alvorada, em Brasília, o presidente ficou inacessível para a maior parte dos aliados e atendeu apenas alguns interlocutores por telefone. O chefe do Executivo se recusou a receber ministros, parlamentares e pastores que tentaram se encontrar com ele após a derrota.
Os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) Fábio Faria (Comunicações) e Adolfo Saschida (Minas e Energia) tentaram falar com o presidente, mas não foram recebidos. O mesmo ocorreu com o assessor do gabinete pessoal dele no Palácio do Planalto, José Vicente Santini, e o publicitário da campanha Sérgio Lima.
Depois do fechamento das urnas, às 17h, um comboio de veículos saiu do Alvorada e foi até a Granja Torto, outra residência oficial em Brasília, onde fica o ministro da Economia, Paulo Guedes. Os carros voltaram às 21h para o Alvorada e a bandeira do Brasil foi erguida, sinalizando que o presidente estava no local. Às 22 horas, as luzes do palácio foram apagadas.