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Kalil quer levar experiência na Prefeitura de BH ao eleitorado mineiro

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Ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao Governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD) foi entrevistado no início da tarde desta quinta-feira (7) pelo programa de rádio Tribuna Transamérica. As responder os questionamentos, Kalil fez críticas a seu principal adversário na disputa, o governador Romeu Zema (Novo), que vai tentar a reeleição, e sinalizou que sua campanha deve apostar em algumas estratégias para tornar seu nome mais conhecido entre os eleitores do estado. Entre elas, destacaram-se a divulgação de sua aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato à Presidência, e sua experiência à frente da Prefeitura de Belo Horizonte, entre 2017 e os primeiros meses de 2022.

“O mais importante é que tenho que levar meu nome, com o programa de televisão e com a gente podendo falar de nossas alianças. Cerca de 70% de Minas não sabe da nossa aliança, Lula e Kalil. É muito importante que o pessoal saiba que a gente tem uma esperança, um caminho novo, para não reeleger ninguém, nem o presidente Bolsonaro e nem o governador Zema. Essa aliança Lula e Kalil só está no ouvido ainda de 30% da população. Eu preciso levar isso para todo mundo, para o pessoal me conhecer, ver quem é o Kalil, o que o Kalil fez, e que não é uma aventura”, afirmou o ex-prefeito da capital.

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Assim, o desafio de Kalil é levar sua experiência política para além das fronteiras da região metropolitana do estado. Neste sentido, a aposta será na campanha eleitoral, que, oficialmente, ainda não começou. “Nós vamos ter tempo de mostrar, não só para Juiz de Fora e Zona da Mata, mas para toda Minas Gerais.” Sobre a vantagem de Zema apontada pelas pesquisas de intenções de voto, Kalil diz gostar e respeitar os levantamentos e vê sinais positivos em seus números. “Quem me conhece está votando em mim. Em todas as pesquisas, eu venço na Região Metropolitana e Belo Horizonte. Isso é um ótimo sinal, pois ainda faltam três meses para eleição. Isso me anima muito. Em todas as regiões em que sou conhecido, estou ganhando a eleição. Então, na hora em que compara e conhece os dois, eu ganho a eleição”, afirma.

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Comparação

Assim, o ex-prefeito bateu na tecla de que quer propor ao eleitorado mineiro uma comparação. “Tenho que levar o que eu fiz a Belo Horizonte para todas as regiões de Minas Gerais. Mostrar o que foi feito. Eu quero debater. Eu quero mostrar. Por que reeleger (Zema)? Melhorou a saúde? Melhorou a educação? As estradas estão muito boas? É só a população se perguntar o porquê Juiz de Fora, a Manchester Mineira, tinha 43% do PIB mineiro e hoje tem 7%. É isso que eu quero levar com muita simplicidade. Sem papinho mansinho, pois isso eu não sei fazer.” O pré-candidato, aliado de Lula, ainda tentou aproximar Zema do presidente Jair Bolsonaro (PL), que também tenta a reeleição.

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“Vamos colocar o que o Bolsonaro fez para o povo e vamos colocar o que o Lula fez para o povo. Quando eu falo fazer para o povo, não é só ajudar o mais pobre, não. É hospital. É saúde. É infraestrutura. É tudo isso. Vamos ver o que o Kalil fez para o povo e o que o governador fez para o povo. O que eu estou querendo mostrar para Minas Gerais é muito simples? Estou pedindo uma coisa muito singela: não acreditar em promessa e mentira. É comparar”, pontua.

Ex-prefeito de Belo Horizonte participou de entrevista ao Tribuna Transamérica nesta quinta-feira (Foto: Fernando Priamo/Arquivo TM)

Pré-candidato se distancia de Pimentel e quer ampliar alianças

Kalil também falou sobre sua aliança com o PT, que deve indicar o candidato a vice-governador de sua chapa, vaga que, provavelmente, ficará com o deputado estadual André Quintão (PT). Porém, evitou comparações com o ex-governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), que antecedeu Zema no comando do Palácio da Liberdade. ” Não me interessa quem foi o último prefeito de Belo Horizonte antes de mim. Eu não sou clone do Fernando Pimentel, nem participei do Governo dele, nem o elegi e nem votei nele”, afirma o ex-prefeito de Belo Horizonte.

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Sobre novas alianças, o ex-prefeito se diz aberto ao diálogo. “Estamos conversando com todo mundo, com a União Brasil e com o próprio Progressista. Estamos abertos a alianças, como já temos com o PSB, com o PT, com o PV, com a Rede… Temos que fazer um leque de alianças. Esse estado não é brincadeira. É grande para burro. Temos que caminhar muito e temos que ter todo mundo do nosso lado. Nós não vamos recuperar o estado, que está literalmente liquidado, com um ou dois partidos. Mas, quem governa é o PSD. O governo é do PSD, do Alexandre Kalil.”

Recuperação fiscal

Kalil reforçou. “O adversário dele (Zema) agora chama Alexandre Kalil, que cuidou da segurança, que cuidou da saúde, que cuidou da educação e que cuidou da infraestrutura.” Neste sentido, fez crítica à proposta de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal defendida por Zema e que vem sendo discutida na ALMG. “As finanças de Minas têm que ser recuperadas em cima da mesa, conversando. Esse plano de recuperação fiscal condena o hospital de Juiz de Fora, por exemplo, a ficar nove anos como ele está. Não há contratação mais de pessoal da saúde. Não há mais nenhuma contratação para educação. Esse plano de recuperação fiscal tem que ser adequado. Nós temos déficit de funcionário na saúde. Vai faltar dinheiro é para a saúde, é para a educação, é para a infraestrutura”, avalia.

Kalil ainda fez um aceno ao funcionalismo público estadual. “O policial militar está há sete anos sem recomposição salarial. Com mais nove, são 16 anos. Assim como a professora. Assim como todo mundo. Isso não pode ser feito dessa maneira. Qual é a pressa? Ele (Zema) não pagou nem um tostão da dívida”, dispara.

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Para a Zona Mata, ‘cuidado’

Em várias oportunidades, Kalil reforçou que, em 2020, se reelegeu para a Prefeitura de Belo Horizonte com a “maior votação da história da cidade”. “Por qual motivo a população de Belo Horizonte, sem que eu fizesse campanha política, sem sair na rua, me deu a maior votação na história da capital do estado? É isso que eu quero debater. Tem que ter um motivo para a população de uma cidade de quase três milhões de habitantes pegar o prefeito e o tornar o mais bem votado da história da cidade.” Para além da capital, o pré-candidato classificou Juiz de Fora e a Zona da Mata como geograficamente “privilegiadas”, porém abandonadas. Sem fazer promessas, sinalizou uma vez mais trabalho e diálogo pelo reforço da infraestrutura regional, pontuando entendimento de que “o governador não cria emprego, cria condições para as empresas”.

“Isso não é culpa desse governador. É do abandono”, destacou, citando alguns problemas da Zona da Mata, como “uma estrada horrível indo para o aeroporto tão bacana, igual o de Juiz de Fora”; “um Expominas que não funciona”; “sem falar do Hospital Regional”. “Estamos falando de uma cidade de 570 mil habitantes em que 95% da população depende do SUS. Tem que cuidar. (O eleitor da Zona da Mata) pode esperar cuidado. Pode esperar que nós vamos tomar conta de Minas Gerais, como nós tomamos conta de Belo Horizonte. Pode esperar que nós vamos regionalizar essa administração. Vamos criar regionais. O governador tem que ouvir a população. Tem que ir no início do Governo e ver o que pode fazer. Tem que ir para Brasília colocar esse hospital de pé, porque se alguém está achando que vai colocar um hospital ou onze hospitais regionais sem sentar na cadeira lá em Brasília, não vai. O custeio de um hospital regional desses varia entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões por mês”, avalia Kalil.

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