Se os primeiros minutos de votação foram com movimentação e trânsito tranquilos em Juiz de Fora, as horas seguintes, entre a manhã e o início da tarde deste domingo (2), tiveram aumento no fluxo de pessoas e de veículos. A Tribuna percorreu diferentes regiões da cidade e flagrou longas filas para acesso às seções de votação, além de muita confraternização entre os eleitores em locais próximos às zonas eleitorais.
Na Escola Municipal Tancredo Neves, no Bairro São Pedro, Cidade Alta, as filas dificultavam, inclusive a movimentação de pessoas no interior do local, causando empurra-empurra entre aqueles que queriam chegar à seção eleitoral. Do lado de fora da escola, no entanto, o clima era diferente e várias pessoas gastavam alguns minutos conversando com familiares e amigos, como o caso da eleitora Cristiane Silva, que foi acompanhada de vizinhos. “Nós sempre viemos juntos. É a única época em que todo mundo se reúne, então aproveitamos para conversar”, conta.
A eleitora Laís Freitas, por outro lado, optou por ter apenas a companhia do esposo. Ela esteve na escola logo nas primeiras horas de votação para tentar fugir de filas e ter o restante do dia para descansar. “(Depois de votar) nós vamos para nossa casa para descansar, porque a semana é muito corrida. Mas fiz questão de vir votar para que eu possa fazer a minha parte”.
Logo na portaria da Escola Estadual Almirante Barroso, na Praça Duque de Caxias, Bairro Benfica, Zona Norte, o eleitor Antônio Lima, de 71 anos, aguardava a saída da esposa do local de votação. Morador do Bairro Igrejinha, ele sairia da escola no Bairro Benfica e levaria a filha até o Bairro Filgueiras, onde ela votaria e encerraria o périplo eleitoral. Mesmo assim, ele, que tem voto opcional, não deixa de exercer o direito. “Eu não sou obrigado a votar, mas votei porque sou brasileiro e gosto de participar. Espero votar até os meus 100 anos”, garante.
No mesmo local estava a eleitora Gabriella Rezende, de 19 anos, que votou pela primeira vez e não escondeu a empolgação. “Acho muito importante a gente exercer nosso direito da democracia e da cidadania. É importante votar direito e com consciência”, avalia.
Na Escola Estadual Professor Lopes, na Rua Evaristo da Veiga, Bairro Benfica, Zona Norte, a eleitora Lúcia Ângelo, de 71 anos, também se mostrava empolgada com o processo eleitoral. Vestida com uma camisa da Seleção Brasileira e com outros itens alusivos ao país, ela se manifestou contrariamente à politização dos símbolos nacionais. “Eu vim com as cores da bandeira brasileira. (…) A cor da bandeira não vai mudar nunca e sempre vai ser dos brasileiros. Não há político que possa se apoderar da cor. Até pode usar a cor, mas sem achar que o símbolo é apenas dele”.