Em reunião realizada a portas fechadas na Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF), na tarde desta sexta-feira (31), vereadores e secretários municipais da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), acompanhados do diretor do grupo CSC, Rafael Santana e do diretor geral do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte e Trânsito (Sinttro), André Luis Krolman, discutiram propostas que devem ser aplicadas, em um futuro próximo, no transporte coletivo da cidade. Dentre os principais pontos discutidos no encontro, que a princípio seria realizado com a presença da população, participantes da reunião confirmaram à Tribuna que a PJF pretenderia apresentar, no próximo dia 26 de maio, a proposta de remodelação do sistema de ônibus do município, que também deve incluir mudanças nas formas de pagamento das passagens, por meio da bilhetagem eletrônica.
A Tribuna questionou à PJF quais foram os principais pontos debatidos na reunião, mas o Executivo municipal preferiu não se posicionar sobre o assunto. Aguardado desde o ano de 2021, como contrapartida à concessão de subsídios financeiros às empresas concessionárias do transporte público na cidade, o projeto de remodelação do sistema de transporte coletivo da cidade está sendo realizado por meio de convênio assinado entre a Prefeitura e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Reportagem publicada em fevereiro pela Tribuna demonstrou que, devido à previsão de encerramento do contrato firmado entre ambas as partes, a previsão era que a proposta fosse finalizada até o final do mês de abril.
De acordo com a solicitante da reunião, vereadora Kátia Franco (Rede), o encontro foi bastante satisfatório para sanar dúvidas que ainda restavam aos legisladores. “Nessa reunião, foram apresentadas sugestões e modelos futuros do modal para a nossa cidade. Além disso, a PJF também mostrou uma parte dos estudos que estão sendo realizados, mas nós sugerimos que novos encontros sejam marcados, sem excluir a possibilidade de convocar novamente uma audiência pública sobre o tema. Além disso, questões relacionadas aos cobradores e a futura extinção desse cargo, além dos horários dos coletivos também foram abordadas”, ressaltou Kátia.
Já de acordo com Krolman, diretor geral do Sinttro, o sindicato quer continuar garantindo que os cobradores não sejam excluídos do sistema de transporte coletivo da cidade, mesmo diante de uma plausível extinção da função. “Já acordamos com as empresas que teremos um período de seis meses de adaptação, para que os motoristas também se adaptem com as novas funções relacionadas à cobrança dos passageiros e da operação dos elevadores dos veículos. Além disso, serão oferecidos aos cobradores a recolocação em outras funções dentro do próprio sistema de transporte coletivo”, revelou.